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quinta-feira, novembro 01, 2007

Atenção à saúde da mulher ainda é insuficiente no Brasil


As desigualdades de gênero também permeiam o cuidado com a saúde. Durante anos, muitos aspectos do bem estar feminino foram negligenciados devido a políticas públicas voltadas apenas à maternidade. Nesse sentido, o movimento de mulheres tem ocupado um papel crucial na implantação de uma consciência mais ampla sobre a saúde, que contemple, inclusive, seus determinantes sociais.

Tal esforço vem sendo representado, principalmente, pela visibilidade que a discussão sobre direitos sexuais e reprodutivos da mulher alcançou no Brasil. Na atualidade, a promoção de uma vida sexual segura e satisfatória, que inclua a liberdade de escolha no que diz respeito à orientação sexual e à reprodução é uma meta do Ministério da Saúde (MS). A venda de anticoncepcionais nas Farmácias Populares a R$ 0,85 a cartela já é uma boa iniciativa!

Mas, dados do próprio MS mostram que as mulheres ainda não são suficientemente atendidas por políticas públicas de saúde no Brasil. Em 2005, 10.208 mortes foram causadas por câncer de mama e 4.506 devido ao câncer de colo de útero. O aborto em condições de risco ainda é uma das principais causas de mortalidade materna e a AIDS está se tornando uma epidemia feminina.

O excesso de trabalho, tabagismo e estresse passaram a fazer parte da vida das mulheres, tornando-as mais vulneráveis a problemas cardiovasculares. No entanto, de acordo com dados da American Heart Association, menos da metade delas é orientada sobre o risco de infarto.

Países em desenvolvimento como o Brasil precisam driblar uma dificuldade a mais na atenção à saúde das mulheres. O acesso a tratamentos médicos ainda é restrito por conta de fatores econômicos. Além disso, outro grande desafio é o enfrentamento da violência doméstica. Das mais de duas milhões de internações de mulheres em hospitais do SUS, no ano de 2006, 120 mil corresponderam a causas violentas.


Quem deseja se aprofundar no tema da agressão contra mulheres pode ler o artigo Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil

postado por Tess Chamusca | 10:18 PM

1 Comentários:
Blogger André Setaro disse...

Não estou aqui a lhe jogar confetes, porque, inclusive, não sou carnavalesco a este ponto, mas seu blog, sobre ter textos interessantes e bem escritos, é de utilidade pública, considerando que esclarece dúvidas importantes. Por tratar de um assunto que era, há décadas atrás, tabu, trata-o com classe, refinamento e, por que não? humor.

09:46  

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