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quarta-feira, março 30, 2011

this is reteaching gender and sexuality

postado por Tess Chamusca | 6:26 PM | 2 Comentários

sábado, janeiro 29, 2011

Dia de celebrar o trânsito entre os gêneros


postado por Tess Chamusca | 5:34 PM | 2 Comentários

sexta-feira, novembro 26, 2010

A diva da dúvida nos deixou...


postado por Tess Chamusca | 6:42 PM | 0 Comentários

terça-feira, novembro 16, 2010

Seminário sobre sexualidade na UFRGS


postado por Tess Chamusca | 6:00 PM | 0 Comentários

sexta-feira, novembro 05, 2010

Iniciativas de combate à homofobia nas escolas são premiadas

No dia 23.11, entre 13h30 e 18 horas, será promovida na Câmara dos Deputados (Plenário 03, Anexo II) a audiência pública "Escola sem homofobia". Na ocasião, haverá a entrega do Prêmio Educando para a Diversidade Sexual. Veja abaixo a programação da audiência e a lista dos premiados.

13h30 – Abertura

- Deputado Ângelo Vanhoni, Presidente da Comissão de Educação e Cultura
- Deputado Paulo Pimenta, Presidente da Comissão de Legislação Participativa
- Deputada Iriny Lopes, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
- Deputada Fátima Bezerra, Representante da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT
- Dr. Pedro Chequer, Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids - UNAIDS
- Dr. Dirceu Greco, Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde
- Yone Lindgren, Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas - ABL
- Jovanna Baby, Presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais - ANTRA
- Toni Reis, Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT

14h – Escola sem Homofobia
Moderador(a): Deputado Iran Barbosa

Tema: Projeto Escola Sem Homofobia
- Carlos Laudari, diretor da ONG Pathfinder do Brasil

Tema: Pesquisa Escola Sem Homofobia
- Margarida Díaz, presidente da ONG Reprolatina

Lançamento - Materiais Didáticos do Projeto Escola Sem Homofobia - Lena Franco, ONG Ecos – Comunicação em Sexualidade

Tema: Unicef: Políticas de Inclusão e Diversidade na Escola
- Marie-Pierre Poirier, Representante do Unicef no Brasil

Tema: Por uma Educação que Respeite a Diversidade Sexual
- Deputado Carlos Abicalil

Tema: Conferência Nacional de Educação – Diversidade Sexual na Escola
- André Lázaro, Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação
16.30h – Entrega do Prêmio Educando para a Diversidade Sexual

Lista de premiados

Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero: Publicação: “Homofobia nas Escolas: o papel dos livros didáticos”

Dayana Brunetto Carlin dos Santos: Dissertação de Mestrado (UFPR, 2010) “Cartografias da Transexualidade: a experiência escolar e outras tramas

Luma Andrade - Homenagem especial à travesti doutoranda em educação pela Universidade Federal do Ceará

ECOS – Comunicação em Sexualidade: Boletins Escola Sem Homofobia – Bolesh

Escola Estadual de Ensino Fundamental Rio de Janeiro (Porto Alegre): Diga não è homofobia escolar, valorizando as singularidades e as diferenças

Grupo de Teatro do Oprimido Diversidade EnCena: Espetáculo de Teatro-Fórum Coisas de Menina

Maria Alcina Ramos de Freitas: Dissertação de Mestrado (UFAL, 2009) “Purpurina na Terra do Cangaço: refletindo a homossexualidade na escola”

Mary Neide Damico Figueiró: Grupos de Estudos sobre Educação Sexual e GEES/Escola: a criação de “Rede de Formadores”

Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social / Centro de Referência em Direitos Humanos e Combate à Homofobia (Mato Grosso do Sul): Projeto Educar para a Vida é Educar para a Diversidade

Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Projeto Diversidade Sexual na Escola

Menção Honrosa – de iniciativas inscritas

Eliana Teresinha Quartiero: Dissertação: “A Diversidade Sexual na Escola – produção de subjetividade e políticas públicas

Fernando Silva Teixeira Filho / Carina Alexandra Rondini Marretto: Artigo: “Ideações e tentativas de suicídio em adolescentes com práticas sexuais hetero e homoeróticas”:

Paula Beatriz: Monografia: “Homossexualidade na Escola: inclusão ou exclusão”

Agradecimentos Especiais pela dedicação à Educação para o Respeito à Diversidade Sexual

Senadora Fátima Cleide

Deputado Federal Iran Barbosa

Deputado Federal Carlos Abicalil

Fonte: ABGLT

postado por Tess Chamusca | 8:21 PM | 0 Comentários

sábado, setembro 04, 2010

Uma análise parcial da identidade gay na TV Brasileira


“Os meios de comunicação reproduzem o pensamento dominante”. “Em geral, o gay é tratado de forma pejorativa”. Essas duas afirmações, muito presentes no senso comum, são o fio condutor do livro A TV no armário - a identidade gay nos programas e telejornais brasileiros. Na obra, o jornalista e mestre em comunicação pela Universidade Paulista (Unip), Irineu Ramos Ribeiro, avalia a cobertura da Parada do Orgulho Gay de São Paulo de 2007 feita por telejornais de dez emissoras brasileiras (duas delas canais de TV por assinatura). O autor também analisa a versão gay do programa Beija Sapo (MTV), um episódio dos humorísticos Zorra Total e Sob Nova Direção e o último capítulo da novela América, três produções da TV Globo.

Em O arco-íris nas ruas, o autor faz um interessante resgate histórico do ativismo gay no mundo. São abordados o surgimento dos movimentos homossexuais no final do século XIX, contemporâneos à criação da categoria homossexualismo; o episódio da revolta contra a opressão policial no bar Stonewall Inn em Nova Iorque em 28 de junho de 1969, um marco na luta por direitos LGBT; o não-assimilacionismo protagonizado pelo movimento queer nos anos 80 nos EUA e as implicações da força adquirida pelo “dinheiro cor-de-rosa” na forma de fazer política. Contudo, o contexto em que se insere a parada gay analisada por Irineu R. Ribeiro - o movimento homossexual no Brasil - não é discutido no livro.

Ao investigar a cobertura dos telejornais sobre a Parada Gay de São Paulo, o autor identifica que o espaço dado ao assunto (noticiado pela TV Globo 17 vezes ao longo dos oito dias analisados) não tem a ver com simpatia pela causa. Em sua maioria, as matérias abordaram aspectos econômicos (o potencial de compra do público) e ocorrências policiais durante a parada, sendo a TV Cultura a única a citar o lema do evento.

Os fatos são relevantes, mas o tom das análises é pessimista. As entrevistas foram consideradas desfavoráveis porque “reproduziam o clima de festa” mas os telejornais que trataram “os participantes da Parada como manifestantes, numa conotação política” também foram criticados. Até o uso do verbo prestigiar pesou negativamente porque ele “indica apoio, mas sem envolvimento”. De modo que Ribeiro perde a oportunidade de discutir o potencial de alguns programas e/ou profissionais em problematizar o predomínio da norma heterossexual nas emissoras (o que ele identifica na cuidadosa abordagem de Caco Barcellos sobre o tema no Fantástico).

Comentários mais produtivos surgem na análise da versão gay do Beija Sapo. No programa, o rapaz que escolhe um dos três pretendentes descreve o que um homem deve ter para conquistá-lo: “para ser o príncipe, ele não pode miar”, ou seja, ter voz fina (atributo associado à “bicha pintosa”). Além disso, os candidatos que não se enquadram nos padrões de masculinidade são desqualificados com piadinhas: “Eu quero uma explicação para esta sandália”, diz Daniela Cicarelli (apresentadora do programa) ao ver uma melissinha prateada no quarto de um dos garotos. Como o autor observa, trata-se de uma demonstração do preconceito (presente em gays e heterossexuais) contra homossexuais com sinais de feminilidade, o que também implica em uma inferiorização do próprio gênero feminino.

Sendo um livro que analisa o meio televisivo a partir de formatos diversos, A TV no armário também incomoda por questões de outra ordem. Furtar-se de, em alguma medida, discutir quais distinções estão implicadas quando o tema da identidade gay é abordado em um telejornal, um programa de auditório, um seriado humorístico ou uma telenovela parece uma escolha problemática do autor.

Um exemplo. As tramas e os personagens das telenovelas sofrem várias mudanças durante os meses em que elas são exibidas. Sendo assim, concluir, com base somente na observação do último capítulo, que “novelas como América transformam sujeitos em objetos de deboche” é, no mínimo, uma atitude precipitada. Nesse caso, a obra não contempla uma outra questão. Na atualidade, não somente o personagem alvo de deboche mas os gays, lésbicas, travestis e transexuais representados “naturalmente” (tão enquadrados nas normas que perdem sua especificidade) devem ser motivo de preocupação.

postado por Tess Chamusca | 10:46 AM | 0 Comentários

UFPB ganha núcleo pela diversidade afetivo sexual





É ótimo saber que núcleos de estudo e grupos de discussão e militância ligados à causa LGBT e à sexualidade de modo mais amplo se multiplicam pelas universidades. Surge mais um: O Núcleo Universitário pela Diversidade Afetivo Sexual (NUDAS). O grupo está se reunindo sempre aos sábados, às 15h30, na UFPB e em outros espaços de João Pessoa. Leiam a carta aberta do NUDAS. Mais informações: nudas.contatos@gmail.com / @nudaspb / nudaspb.blogspot.com

CARTA ABERTA

NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PELA DIVERSIDADE AFETIVO SEXUAL – NUDAS

Historicamente, a sexualidade humana teve como parâmetro a heterossexualidade como norma. Isso resultou na materialização de diferentes modalidades de preconceito e, conseqüentemente, na imposição e naturalização da invisibilidade das práticas afetivo-sexuais. Assexuados, bissexuais, Gays, lésbicas, transexuais e travestis foram e são alvo de discriminação que se expressa na posição de rejeição assumida, na maioria das vezes, pela família; nos ambientes de trabalho e de participação política; nos espaços de lazer; de amizade e em praticamente todas as dimensões da existência humana. Isso porque as diferenças no jeito de ser e viver têm significado uma arena fértil para a manifestação de múltiplas modalidades de opressão: raça, etnia, gênero, identidade sexual, identidade de gênero e muitos outros itens compõem os segmentos que historicamente, estão no alvo da intolerância e da não aceitação da diversidade, que se manifesta através dos preconceitos e da discriminação.

Sendo a sexualidade humana dimensão relevante na constituição da individualidade, qualquer interferência à vivência afetiva sexual configura-se concretamente como violação dos direitos humanos. Em nossa realidade, podemos afirmar que esta violação também se expressa através dos preconceitos referentes a identidade afetivo sexual e de gênero. Pensamos que é possível uma nova vivência dentro da sociedade, que nela possamos ser atento as incompreensões e violações aos direito de livre expressão afetivo sexual e de identidade de gênero.

Para além da formalidade, é necessário que saibamos ser criativ@s no plano das interações e aguerrid@s na luta social, visando superar as formas sociais limitadoras e opressivas: por isso a necessidade da articulação de um NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PELA DIVERSIDADE AFETIVO SEXUAL (NUDAS) – um espaço de reflexão (acadêmica) e militância que possui como eixo central as questões referentes a temática da diversidade afetivo sexual.

postado por Tess Chamusca | 10:32 AM | 0 Comentários

sexta-feira, julho 23, 2010

Transexuais de Curitiba ganham espaço para troca de experiências


As reuniões acontecem na Av. Marechal Floriano Peixoto, 366, 4º andar, Centro, Curitiba (PR). Mais informações podem ser obtidas através do email karlesy@gmail.com ou pelo telefone (41) 3222-3999 (ramal 21).

postado por Tess Chamusca | 8:29 PM | 0 Comentários

terça-feira, junho 29, 2010

Nota da ABGLT sobre o assassinato de Alexandre Ivo Rajão

Alexandre Ivo Rajão, 14 anos, foi assassinado na segunda-feira, 23/06, em São Gonçalo-RJ. Alexandre foi torturado com crueldade. O adolescente era ligado ao Grupo LGBT Atitude e voluntário da Parada LGBT de São Gonçalo. No laudo consta que ele foi morto por:

1- asfixia mecânica;

2- enforcado com sua própria camisa;

3- com graves lesões no crânio, provavelmente causadas por agressões com pedras, pedaços de madeira e ferro.

Alexandre voltava para casa às 2h30, quando foi brutalmente assassinado. Seu corpo foi deixado num terreno baldio.

O delegado Geraldo Assed, da 72ª DP (Mutuá), suspeita que o crime tenha sido praticado por skinheads e motivado por intolerância à orientação sexual. Três suspeitos foram detidos.

Este é um dos casos mais chocantes de violência homofóbica dos últimos tempos. A ABGLT conclama as autoridades competentes para que tomem todas as medidas cabíveis, que a justiça seja feita e os culpados punidos exemplarmente. Não podemos tolerar mais um caso de impunidade.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, 198 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram assassinados no Brasil apenas no ano de 2009, seguindo uma tendência anual crescente, e representando uma média de 1 assassinato a cada 2 dias. Sem dúvida, estes dados são subnotificados, uma vez que dependem de informações obtidas através do monitoramento dos meios de comunicação, e não existe o registro oficial (governamental) de estatísticas sobre a violência homofóbica.

A ABGLT reitera seu pedido, já formalizado duas vezes, de que o Ministério da Justiça implemente as políticas públicas previstas no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, em especial as que dizem respeito à repressão da violência homofóbica.

A ABGLT pede que sejam feitos pronunciamentos sobre o caso na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, e que este seja um dos casos a serem expostos na Audiência Pública sobre Assassinatos de Homossexuais, a ser realizado no final deste ano pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, com requerimento já aprovado, proposto pela deputada Iriny Lopes e pelo deputado Iran Barbosa.

A ABGLT exige que seja aprovado o Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006, que entre diversas formas de discriminação, proíbe e pune a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

Até quando parte do Congresso Nacional vai ser conivente com a prática da homofobia? Quantas pessoas LGBT ainda vão ter que sofrer discriminação e até ser mortas para que o Congresso Nacional cumpra seu papel de legislar para o bem de todos os segmentos da população?

Corroborando com a fala da dona Angélica, mãe de Alexandre Ivo, "... a gente tem que ser livre... , as pessoas têm que ter o direito de ir e vir, não interessa se você gosta de vermelho, eu gosto de laranja e ele gosta de branco", queremos uma sociedade que respeite a todos e todas, sem violência.

ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

postado por Tess Chamusca | 5:49 PM | 1 Comentários

segunda-feira, junho 14, 2010

UFBA discute ações afirmativas, educação e diversidade

A partir de amanhã (15.06), às 8h, será promovido, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, o simpósio “Limiares da Universidade: uma discussão sobre ações afirmativas, educação e diversidade”. Iniciativa da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil da UFBA, através da Coordenadoria de Ações Afirmativas, Educação e Diversidade, o evento pretende ampliar as discussões acerca das políticas afirmativas e da inclusão de grupos sub-representados socialmente na educação superior.

Além da conferência de abertura, que contará com a participação do reitor Naomar de Almeida, do pró-reitor de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil Álamo Pimentel e da cantora, atriz e jornalista Elisa Lucinda, até 16 de junho, o simpósio apresenta cinco mesas redondas. Em uma delas (16.06, às 14h), será discutido o tema “Gênero e Diversidade Sexual: um enfoque sobre convivência e relações de poder na universidade”. Para o debate, foram convidados os professores da UFBA Leandro Colling (IHAC) e Iole Vanin (NEIM).

Veja aqui a programação completa do evento.

Mais informações:
(71) 3283-7815/7816
http://www.limiaresdauniversidade.blogspot.com/

postado por Tess Chamusca | 10:10 PM | 0 Comentários

sábado, junho 12, 2010

"Sou os dois: homem e mulher, um casal que vive em paz"



Ontem, estreou na 3ª Mostra Possíveis Sexualidades (até 17 de junho na Caixa Cultural Salvador, Instituto Cervantes e Circuito SALADEARTE) o filme Meu amigo Cláudia. Com direção de Dácio Pinheiro, o documentário de 90 minutos acompanha a trajetória de Cláudia Wonder, um marco da cena underground de São Paulo na década de 80.

É quase impossível não se tornar fã de Cláudia depois de assistir o documentário, que, a partir da história da artista, mostra o preconceito sofrido pelas travestis, a repressão por parte da polícia, o impacto causado pelo surgimento da AIDS e a luta por direitos.


A vida de Cláudia se inicia como a da maioria das travestis e transexuais: rejeição dos familiares e precoce abandono do lar. Mas, vivendo como se estivesse "sempre correndo a 120 Km/h porque sabia que não podia parar", Cláudia construiu uma carreira e ganhou notoriedade no país.


Ela atuou em diversos espetáculos teatrais e filmes e fazia shows absolutamente transgressores em boates de São Paulo, a exemplo da lendária Madame Satã. Hoje, além de continuar cantando, Wonder atua no Centro de Referência da Diversidade, em São Paulo. Drags, travestis e transformistas que fazem shows pelo Brasil. Lady Gaga e Beyonce são ótimas mas aqui mesmo, em nosso país, vocês têm uma incrível fonte de inspiração: a diva punk Cláudia Wonder!


Ainda dá tempo de assistir o documentário: Hoje, 12.06, às 20h30, no Cinema do Museu.


Mais informações sobre a Mostra: http://www.possiveissexualidades.wordpress.com/

postado por Tess Chamusca | 11:46 AM | 2 Comentários

sábado, junho 05, 2010

Entidades do Comitê Estadual LGBT já foram escolhidas

No Diário Oficial do Estado da Bahia de hoje (5.06), foi divulgado o resultado das oito entidades da sociedade civil eleitas para compor o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - Comitê LGBT no biênio 2010/2012. São elas:


Defesa aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais atuantes na capital: Beco das Cores, Coletivo KIU e Rede Nacional de Negros e Negras, Afro Descendentes LGBT's (RNAF LGBT´s).


Defesa aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais atuantes no interior: Grupo Humanus, Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH) e Grupo OMNI.


Defesa aos direitos específicos de lésbicas, com atuação no interior ou capital: Lesbibahia.


Defesa aos direitos específicos de travestis e transexuais, com atuação no interior ou capital: Associação das Travestis e das Transexuais de Salvador (ATRAS).


O Comitê Estadual LGBT


Através do Decreto 11959/10, o Comitê Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais foi instituído em fevereiro deste ano “com a finalidade de promover a articulação dos órgãos e entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”.


Coordenado pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), compete ao comitê, dentre outras coisas, a participação na formulação, monitoramento e avaliação da Política Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da comunidade LGBT e apresentação de propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos.


Além das oito entidades e SJCDH, o comitê será constituído também por um representante das seguintes secretarias: Educação, Saúde, Segurança Pública, Cultura, Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Promoção da Igualdade e Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.


Como esse lance de representatividade é sempre complicado, o melhor é acompanhar de perto o trabalho das entidades. Que elas façam o melhor possível!

postado por Tess Chamusca | 9:33 AM | 0 Comentários

domingo, maio 16, 2010

Seminário Nacional Psicologia e Diversidade Sexual



De 17 a 19 de junho, será realizado, em Brasília, o Seminário Nacional Psicologia e Diversidade Sexual: desafios para uma sociedade de direitos. As conferências e debates serão ministrados por ativistas LGBT, representantes de instituições governamentais e pesquisadores da área reconhecidos nacionalmente, a exemplo de Berenice Bento, Anna Paula Uziel e Elizabeth Zambrano.

Entre outras temáticas, serão discutidos no evento "a contribuição dos movimentos sociais na promoção da cidadania LGBT", "Diversidade Sexual, Democracia e Promoção de Direitos", "Desnaturalização das Questões de Gênero" e "Prática psicológica e a sexualidade como categoria de subjetivação". Mais informações podem ser obtidas através do email napg@pol.org.br ou pelo telefone: (61) 2109 0101. Confira a programação completa do seminário:

17.06

19h - Abertura com o presidente da ABGLT Toni Reis e o presidente do Conselho Federal de Psicologia Humberto Verona
19h30 - Conferência Diversidade Sexual, Democracia e Promoção de Direitos, com a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora associada do Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM) Anna Paula Uziel

18.06

9h - Mesa Redonda "A prática psicológica e a sexualidade como categoria de subjetivação", com o professor da UNESP e doutor em Psicologia Clínica (PUC/SP) Fernando Silva Teixeira Filho, o professor da UFPE e doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Luís Felipe Rios e a psicanalista e pesquisadora da USP Patrícia Porchat

10h30 - Mesa Redonda "Desnaturalização das Questões de Gênero", com a presidente da Associação das Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (ASTRA) Marjorie Machi, a doutora em Sociologia (UNB) e professora da UFRN Berenice Bento e o professor da Unesp e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Sexualidades (GEPS/CNPq) William Siqueira Peres

13h30 - Mesa Redonda "Psicologia, sexualidade, novas configurações familiares e aspectos legais da promoção de direitos", com a doutora em Direito (UFPR) e autora do livro “União entre pessoas do mesmo sexo: aspectos jurídicos e sociais” Ana Carla Harmatiuk Matos, a doutora em Antropologia Social (UFRGS) e uma das autoras da cartilha “O direito à homoparentalidade” Elizabeth Zambrano e a coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP Ana Luiza Castro

15h - Mesa Redonda "Psicologia, Laicidade e Diversidade Sexual", com a coordenadora do Programa de Abortamento Legal nos Hospitais Públicos e militante da entidade Católicas pelo Direito de Decidir Rosângela Talib, a pesquisadora do Instituto de Bioética Direitos Humanos e Gênero (ANIS) Débora Diniz e a professora do Instituto de Medicina Social da UERJ e coordenadora da linha de pesquisa Gênero, Subjetividade e Biopolítica Márcia Ramos Arán

16h30 - Mesa Redonda "Psicologia, Diversidade Sexual e Políticas Públicas", com o Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da SEAS-DH/RJ Cláudio Nascimento e a Doutoranda em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Daniela Murta

19.06

9h - Mesa Redonda "A contribuição dos Movimentos Sociais na Promoção da Cidadania LGBT", com o presidente da ABGLT Toni Reis e a doutora em Ciências Sociais (Unicamp) e pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp (Pagu) Regina Facchini

10h30 - Mesa Redonda "Enfrentamento à Patologização e à Homofobia: Código de Ética do psicólogo e Resolução CFP 001/1999", com a professora da PUC/SP e doutora em Psicologia Experimental (USP) Edna Kahhale e o professor da PUC/MG e membro fundador da Rede Internacional em Psicopatologia Transcultural Paulo Roberto Ceccarelli.

postado por Tess Chamusca | 1:17 PM | 0 Comentários

quarta-feira, abril 21, 2010

1ª Marcha Nacional LGBT




No dia 17 de maio, o mundo inteiro comemora o Dia contra a Homofobia. Para marcar a passagem da data, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) está convocando, não somente ativistas de suas 237 organizações afiliadas, mas pessoas de todos os estados do país interessadas em participar da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia, que tem como destino a cidade de Brasília.

No dia 19 de maio de 2010, será realizado o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia, com concentração às 9h, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Fazem parte da pauta de reivindicações do ato a garantia do estado laico, o combate ao fundamentalismo religioso e o cumprimento do Plano Nacional LGBT em sua totalidade. Leia o manifesto.

postado por Tess Chamusca | 9:20 AM | 0 Comentários

segunda-feira, julho 20, 2009

Mulheres e automobilismo II

Alguém aí lembra da Danica Patrick e do post de Patrícia intitulado Perigo Constante? Deixem de preguiça! É só dar uma olhadinha aí do lado em Textos Recentes (ok, nem tão recentes... Mas enfim). Paty falava na matéria que a Fórmula 1 era a categoria dos sonhos de todo piloto profissional. Pois, não é que a americana Danica Patrick, cotada para correr pela equipe USF1 em 2010, já descartou a possibilidade de ir para a Europa? Em entrevista ao Los Angeles Times, ela declarou que não pretende deixar a Fórmula Indy, pois prefere ficar por perto de seus familiares e amigos.

Louca? Metida? Sensata? Leiam a opinião do jornalista Gerson Campos, colunista do Yahoo Esportes.

postado por Tess Chamusca | 9:13 PM | 1 Comentários

domingo, setembro 28, 2008

Aos que não verão tão belos versos serem recitados hoje a noite...




"Sem que eu pedisse, fizeste-me a graça
de magnificar meu membro.
Sem que eu esperasse, ficaste de joelhos
em posição devota.
O que passou não é passado morto.
Para sempre e um dia
o pênis recolhe a piedade osculante de tua boca.

Hoje não estás nem sei onde estarás,
na total impossibilidade de gesto ou comunicação.
Não te vejo não te escuto não te aperto
mas tua boca está presente, adorando.

Adorando.

Nunca pensei ter entre as coxas um deus"

Esses lânguidos versos de Carlos Drummond de Andrade e outros poemas de Bocage, Manuel Bandeira e Gregório de Mattos darão o tom do Recital Amores Diversos – Poemas de Amor e Erotismo, promovido pela Escola Lucinda de Poesia Viva, da atriz e poeta Elisa Lucinda.

O evento, marcado para as 19h30, tem apoio da livraria Galeria do Livro e é apresentado pelo grupo "A Poesia Quando Chega...". Logicamente é destinado ao público adulto.

Só tem um detalhe que desagrada os não tão bem providos financeiramente (principalmente porque estamos no fim do mês!). O recital faz parte da 14ª edição da Casa Cor Bahia e os ingressos custam R$25!

Aos que também se interessam por variadas possibilidade decorativas e ambientes inusitados, a Casa Cor está acontecendo no Hotel da Bahia (Av. Sete de Setembro, 1537, Campo Grande).

Se alguém aí ficou se perguntando de onde vieram os libidinosos versos de Drummond, eles integram um livro mais libidinoso ainda chamado O Amor Natural. Por conta de um pedido do tímido poeta, a publicação só foi lançada em 1992, quando seu genial autor já não estava entre nós. Então, em homenagem a ele:

“Sejamos navegantes
Bandeirantes e guerreiros
Sejamos tudo que quiserem
Sobretudo pornográficos.”

postado por Tess Chamusca | 11:11 AM | 0 Comentários

quinta-feira, setembro 25, 2008

Bairros de Salvador terão Paradas da Diversidade


Paradas são sempre um babado. E não é só porque nelas se reúnem gays, lésbicas, travestis, transexuais, músculos (pêlos e uns quilinhos a mais no caso dos ursos), simpatizantes, perucas coloridas, plumas, paetês e mais uma renca de gente que não dá para categorizar.

Há uma série de questões (umas mais berrantes e outras mais sutis) que se tornam tema de debate: o (des)equilíbrio entre a ação política e a diversão, o apoio dado pelo governo, o direito de voz e o ato político que está inscrito na escolha em promover uma parada gay, GLBT ou da diversidade – os discursos habitando práticas que podem ser tão excludentes quanta a heteronormatividade.

Mas, acima de toda a discussão, creio que uma coisa é fato: a visibilidade que tal tipo de manifestação proporciona a essa parcela da sociedade que, em outras épocas, nem sonharia em expressar sua sexualidade. E nesse domingo, 28, quem vai as ruas celebrar a diferença é a comunidade da Cidade Baixa.

Com um roteiro que começa no Largo de Roma, a partir das 13 horas, e segue pela Avenida Caminho de Areia, passando pelo Largo do Papagaio, até chegar ao Largo da Ribeira, a I Parada da Diversidade da Cidade Baixa – Tod@s contra o preconceito e a homofobia vai debater a discriminação contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

A atividade é organizada pela Pro Homo – Associação de Defesa e Proteção dos Direitos de Homossexuais, através de seu núcleo de militância na região, e contará com a participação de bandas e transformistas, além de oferecer serviços como corte de cabelo, manicure e pedicure, dentre outros.

Para Fabety, um dos organizadores da Parada e morador da Cidade Baixa, a iniciativa “é um alerta e uma forma de conscientizar a população dos direitos das pessoas LGBT”.

Já Renildo Barbosa, presidente da PRO HOMO, aposta em uma manifestação de respeito à diversidade, que envolva a comunidade contra o preconceito. “Vamos mostrar as sete cores da Cidade Baixa e denunciar a discriminação e a agressão que a comunidade LGBT sofre diariamente, através de posturas homofóbicas, lesbofóbicas, machistas, sexistas e racistas”, afirma Barbosa.

Veja a programação de outros bairros:

28/09 - Parada da Diversidade do Vale das Pedrinhas
09/11 - Parada da Diversidade do Nordeste de Amaralina
23/11 - Parada da Diversidade de Brotas, Cosme de Farias e Luis Anselmo

Fonte: Daniela Novais/ABGLT
Contato da PRO HOMO: renildo.barbosa@gmail.com

postado por Tess Chamusca | 10:46 AM | 1 Comentários

terça-feira, julho 22, 2008

Grupo Gay de Lauro de Freitas promove evento sobre HIV/AIDS

Nos dias 25 e 26 de julho, o Grupo Gay de Lauro de Freitas realizará o II Seminário de Equipe Multidisciplinar em HIV/AIDS. O evento irá acontecer na Casa do Trabalhador (Rua Euvaldo Santos, s/n, Centro de Lauro de Freitas).

Com o encontro, o grupo pretende viabilizar uma articulação política entre entidades que lidam com prevenção e tratamento do HIV/AIDS, fortalecer estratégias de comunicação, expor experiências bem sucedidas e estabelecer um cronograma de ações.

Apenas técnicos da área poderão participar do evento, que tem as inscrições encerradas no dia 23 de julho, às 18 horas. Será permitida a participação de, no máximo, três representantes por instituição. O Grupo Gay de Lauro de Freitas irá custear a alimentação de quem estiver presente no seminário. A inscrição deve ser feita através do email gaylaurodefreitas@yahoo.com.br.

Mais informações: Franklin Silva – presidente do Grupo Gay de Lauro de Freitas (71) 9166-3424

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domingo, junho 29, 2008

Por uma vida sem violência




postado por Tess Chamusca | 5:48 PM | 0 Comentários

terça-feira, junho 17, 2008

A defesa do TCC sobre prostituição masculina foi adiada

Pessoas,

Acabei de saber que, por motivos pessoais, a defesa do aluno de História da UCSal Élcio Gomes da Silva foi adiada. Assim que souber a nova data informo a todos.

postado por Tess Chamusca | 1:58 PM | 0 Comentários

Prostituição masculina é tema de TCC

Mesmo existindo há séculos e séculos, a prostituição feminina ainda é um tabu para a nossa sociedade moralista. Mas e quanto aos homens que fazem do corpo seu sustento? O que sabemos sobre eles? Que noção temos de sua clientela, frustrações, medos e anseios?

Assistir a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso "Prostituição Masculina: O Homem Vendendo o Corpo e Dando Prazer em Salvador 1995-2005" é uma boa oportunidade de conhecer melhor esse segmento não tão interessado em ganhar visibilidade (alguém aí já ouviu falar em associação de garotos de programa?).

A pesquisa, de autoria de Élcio Gomes da Silva, aluno de História da Universidade Católica do Salvador, será apresentada no Campus da Federação da UCSal na quarta-feira, 18 de junho, às 15 horas. O TCC foi desenvolvido com o apoio do Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Universidade do Estado da Bahia (Diadorim/Uneb).
Aí vai uma dica bibliográfica para quem tem muito interesse (acadêmico!) no assunto: Um olhar sobre a prostituição masculina, de Andresa Martins Vicentini.

postado por Tess Chamusca | 12:10 AM | 2 Comentários

segunda-feira, junho 16, 2008

Neim discute violência masculina e a criação de delegacias de mulheres

O Observatório de Monitoramento da Lei Maria da Penha e o Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo promovem nessa terça-feira, 17 de junho, a palestra "Violência na cidade das mulheres: um estudo sobre a delegacia da mulher e o significado da violência masculina". O debate será ministrado na sede do Neim (FFCH/UFBA), às 14 horas, pela professora doutora Sara Hautzinger (Colorado College) e é direcionado a estudantes, pesquisadores e demais interessados.

Sarah Hautzinger é antropóloga e possui pesquisas voltadas para a relação entre gênero e poder. Desde 1990, vem investigando a criação de delegacias para mulheres no Brasil. No contexto de um país recém-democratizado, ela avaliou as contribuições do movimento das mulheres e da reforma do Estado para o surgimento de medidas inovadoras e, ao mesmo tempo, contraditórias.

postado por Tess Chamusca | 10:48 PM | 0 Comentários

quinta-feira, junho 05, 2008

Perigo constante?

Enquanto eu e meu instrutor da auto-escola seguimos juntos na jornada de “tentar ensinar essa menina a fazer meia-embreagem”, Danica Patrick continua arrasando na Fórmula Indy.

Bem, como nem todo mundo curte aquelas corridas em circuitos ovais, onde o piloto passa a maior parte do tempo fazendo curvas para o mesmo lado, acho que é bom apresentar Danica.

Ela é uma piloto norte-americana (o substantivo é masculino e, adivinhem, não tem correspondente no feminino) que já estreou na Indy fazendo pole, marcando pontos, e recentemente venceu o Grande Prêmio de Motegi, no Japão. As disputas de Danica nas pistas têm feito a alegria de patrocinadores e profissionais da área comercial da Indy.


Mas ela não foi a primeira, nem a única. Ainda que seja um esporte tradicionalmente masculino, volta e meia o automobilismo recebe a visita de uma “gaiata” nas pistas.

A Fórmula 1, categoria dos sonhos de todos os pilotos profissionais e meu alento nas manhãs de domingo, já teve cinco representantes femininas - Maria Teresa de Filippis, Lella Lombardi, Divina Galica, Desire Wilson e Giovanna Amati. No entanto, Lella foi a única a conseguir marcar pontos até hoje, com um sexto lugar no GP da Espanha de 1975.

Já no automobilismo profissional brasileiro, há alguns poucos destaques em diferentes categorias: Bia Figueiredo, na Indy Light; Helena Deyama, piloto de rally no Cross Country; e Débora Rodrigues (ex-musa dos sem-terras), na Fórmula Truck.

A presença das mulheres no automobilismo é muito bacana e coisa e tal, mas quando os motores roncam pra valer é difícil ver uma mulher chegando em primeiro.

Podemos botar a culpa na falta de investimento na formação de pilotos femininas, na desvantagem em relação aos homens quando o assunto é força e arrojo, na inexistência de uma categoria de automobilismo específica, ou na milenar herança machista.

Mas uma coisa é fato, não quero ver mulher correndo apenas pelo fato de ser mulher ou pela grana que isso gera na mão dos marketeiros de plantão. Quando for para correr, tem que ser pela competitividade e pelo talento. Dentro do autódromo!

Patrícia Conceição

postado por Tess Chamusca | 6:54 PM | 0 Comentários

quinta-feira, maio 29, 2008

Fúria judicial contra as mulheres

*Nilcéa Freire

Está em curso, em Mato Grosso do Sul, um episódio assustador e de imensa fúria persecutória contra os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, no Brasil. Nada menos do que 9.896 mulheres mato-grossenses estão prestes a serem interrogadas e levadas a julgamento, num só processo, no qual são acusadas de terem provocado abortos, desde o final dos anos 90, conforme decisão do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Mato Grosso do Sul, Aloísio Pereira dos Santos.

A decisão, historicamente inédita, é tão injusta quanto estarrecedora, apesar de encontrar amparo na legislação brasileira. Em abril do ano passado, houve a instalação de um inquérito contra a proprietária de uma Clínica de planejamento familiar, com 20 anos de funcionamento no centro de Campo Grande (MS), acusada de praticar abortos. A apreensão de milhares de prontuários médicos daria origem ao processo em massa contra as quase 10 mil mulheres.

A delegada Regina Márcia Rodrigues Mota, que conduz o caso, afirmou que está estudando “a organização de uma força-tarefa para concluir os inquéritos e remetê-los à Justiça”. O promotor de Justiça Paulo César dos Passos fundamentou: “A pressa é para evitar a prescrição do delito, que ocorre em oito anos.”

No ímpeto de condenar, a Justiça promoveu constrangimentos ilegais. Prontuários médicos, dos quais as instituições de Saúde são as guardiãs, segundo a legislação brasileira, foram apreendidos e colocados à disposição da curiosidade de quem quer que seja. Na seqüência, o juiz recuou, devido à grande procura - principalmente de homens - por interessados em saber o nome das clientes.

Qual é a real motivação de tamanha truculência? Será que realmente é o caso de se instituir uma força-tarefa como se estivéssemos tratando de uma horda de delinqüentes de elevada periculosidade para a vida em sociedade? Está sendo justa a Justiça? E a responsabilidade dos 9.896 homens supostamente associados àquelas gestações? Também será em algum momento lembrada e cobrada judicialmente?

O Brasil é signatário de diversos instrumentos jurídicos e acordos internacionais, entre eles a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as mulheres e a Plataforma de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, no Cairo, que visam a assegurar o direito à Saúde sexual e reprodutiva das mulheres.

O aborto provocado é reconhecido, mundialmente, como um importante problema de Saúde pública, especialmente nos países cujas legislações restringem a sua prática, como é o caso brasileiro.

Enquanto a taxa de aborto por 1.000 mulheres é de 4/1.000 em países como a Holanda, no Brasil a estatística é 10 vezes maior: 40/1.000. Não há família, no sentido amplo, que não tenha vivenciado esse drama. Esse descompasso entre a vida cotidiana das pessoas e a criminalização da prática do aborto fica evidente no episódio em curso na Justiça mato-grossense, além de comprovado por inúmeras pesquisas especializadas.

Para se ter uma idéia, segundo a pesquisa aborto induzido: Conhecimento, Atitude e Prática de Ginecologistas e Obstetras no Brasil, realizada em 2005, pelo Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), aproximadamente 80% dos ginecologistas e obstetras ouvidos (3.386 profissionais) que viveram alguma situação de GRAVIDEZ indesejada em suas vidas (homens e mulheres) optaram pela interrupção voluntária da GRAVIDEZ, mesmo fora das possibilidades legais vigentes.

O mesmo levantamento, contudo, nos informa que cerca de 50% dos médicos respondentes à pesquisa e que trabalham em serviços públicos de Saúde, diante de um caso de aborto - ainda que previsto em lei - optam por pedir a outro profissional para que realize o procedimento.

Outro estudo do Cemicamp revela que, no âmbito do Poder Judiciário, quatro de cada cinco magistrados que vivenciaram uma GRAVIDEZ indesejada decidiram que a situação justificava a prática do aborto. No entanto, cerca de 50% dos juízes não abrem mão da exigência de alvará judicial para autorização da prática de aborto prevista em lei (casos de risco iminente de morte para a mãe e Estupro), procedimento desnecessário conforme as próprias normas jurídicas vigentes.

Esses indicadores demonstram que, quando estamos mais próximos de quem vivencia uma GRAVIDEZ indesejada, é maior a tendência a justificar a interrupção voluntária da gestação, ainda que isso não signifique alteração na rejeição ao aborto em si.

Todas as pesquisas de opinião revelam que a maioria dos brasileiros preferiria que nenhuma mulher tivesse que provocar um aborto. Mesmo aquelas mulheres que terminaram por provocar um aborto manifestavam opinião contrária a essa prática, até se verem na situação que as levou a optar pela interrupção da gestação.

O que está por ser aferido - e a reação da opinião pública ao caso das 9.896 mato-grossenses poderá contribuir para esse balizamento - é a taxa de rejeição a prisões de mulheres por aborto, na sociedade brasileira.

O primeiro passo foi dado, na semana passada, por um conjunto de organizações feministas e de defesa dos direitos das mulheres, que denunciou à Subcomissão da Defesa da mulher, no Senado Federal, a violação dos direitos humanos das mulheres no contexto do caso de Campo Grande.
Urge responder, no caso de Mato Grosso do Sul, se está sendo justa a Justiça.

Nilcéa Freire é ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

postado por Tess Chamusca | 4:11 PM | 1 Comentários

sexta-feira, maio 23, 2008

25 anos de descoberta da AIDS: Ainda não há o que comemorar...


Já se passaram 25 anos desde que o mundo teve notícia da existência da AIDS e ainda não foi descoberto um meio de deter a disseminação do vírus. De acordo com o Fundo de Populações das Nações Unidas, 33 milhões de pessoas estão infectadas.

Até o ano passado, uma vacina contra a Aids, criada pelo grupo farmacêutico Merck, parecia avançar, mas os testes foram suspensos após 82 voluntários (49 vacinados e 33 do grupo de controle) terem sido contaminados pelo vírus.

"A defesa imunológica que a vacina conferiu aos participantes não foi suficiente. O vírus continuou passando [pelas defesas do corpo]", afirma Esper Kallás, infectologista, professor da Unifesp e coordenador dos testes com a vacina no Brasil.

O vírus HIV é desafiador por conta de sua alta velocidade em desenvolver novas formas genéticas. Isso tem deixado a comunidade científica sem esperanças, mas ainda bem que existem pesquisadores como Kallás, que não manifestam a intenção de desistir: "Não podemos abandonar a vacina. Não podemos dar uma declaração de derrota e voltar as costas para aquilo que pode ser a maior esperança para combater a epidemia".

Enquanto isso, façamos a nossa parte: Não adotar comportamentos de risco e usar camisinha!
Fonte: Folha Online, site do Programa Nacional de DST e AIDS

postado por Tess Chamusca | 4:45 PM | 1 Comentários

12 países não permitem a entrada de soropositivos em seu território

Infelizmente, os problemas relacionados à AIDS não dizem respeito apenas ao insucesso de pesquisas que buscam um combate efetivo para a doença. Parece irreal, mas na atualidade 12 países (Armênia, Brunei, China, Colômbia, Iraque, Coréia, Líbia, Moldávia, Catar, Arábia Saudita, Sudão e Estados Unidos) não permitem a entrada de imigrantes ou turistas soropositivos.

Nos Estados Unidos, as pessoas são questionadas se possuem alguma doença contagiosa, enquanto na China a pergunta é mais incisiva: o senhor (ou senhora) tem o vírus HIV? Como a resposta afirmativa implica em cancelamento do visto, muitos têm escondido os medicamentos em frascos trocados ou até mesmo deixado de tomar os remédios no período em que permanecem no país.

O visto de residente é negado a soropositivos em 62 nações, incluindo o Canadá. 72 países não aplicam as restrições. Entre eles está o Brasil, cujo programa de Aids é referência no mundo, principalmente pela distribuição gratuita de medicamentos.

“A aids não é uma doença que se transmite pelo ar. Portanto, não há motivos para que as restrições existam. A aids não pode ser tratada apenas como questão de segurança nacional”, diz Mariangela Simão, coordenadora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde brasileiro.

Por entender que o problema não é uma questão de soberania e sim de direitos humanos, a Organização Mundial de Saúde pretende acabar com o impedimento à entrada de soropositivos nos países.

Em fevereiro, o assunto foi discutido em Genebra. O Brasil ficou responsável pela coordenação de um grupo que fará recomendações aos países que impedem até as viagens turísticas. Já o governo filipino lidera as discussões sobre a entrada de imigrantes. A meta é apresentar propostas à Assembléia Geral da ONU.

O argumento das nações ricas é que a liberação da entrada deve acarretar problemas para o sistema de saúde, pois elas crêem que pode haver uma migração massiva de pessoas para os locais onde o acesso aos remédios é gratuito.

Segundo dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), do Programa Nacional de DST e AIDS, atualmente, pelo menos 1.256 estrangeiros - em situação legal ou clandestinos - estão em tratamento no Brasil. "Mesmo com atendimento universal e de qualidade, não recebemos uma enxurrada de imigrantes. Na prática, essa parcela é pequena”, afirma Mariângela Simão.

Fonte: Estado de São Paulo, O Dia Online, Agência de Notícias da Aids

postado por Tess Chamusca | 4:38 PM | 1 Comentários

Aids e políticas públicas


No final de março desse ano, o Ministério da Saúde lançou uma campanha contra a Aids destinada não só a gays e travestis, mas também a homens que mantém relações sexuais com homens. Estranhou a expressão? O MS se deu conta que o comportamento sexual nem sempre corresponde à identidade sexual assumida e para alcançar o público formado por caras que transam com pessoas do mesmo sexo, mas não se consideram gays, adotou o termo.


A campanha inclui cartazes e folhetos sobre a prevenção ao vírus HIV e sobre o uso do preservativo. O material contém ilustrações de beijos, carícias e sexo oral entre homens e está sendo distribuído em organizações ligadas ao público-alvo, boates e bares. Além de prevenir, o ministério também quer abordar preconceito e direitos humanos.


O esforço de incluir vários grupos populacionais em programas de prevenção é necessário, mas não podemos perder de vista que a mulher ainda é a grande vulnerável quando o assunto é Aids.

Comecemos pelas questões físicas. De acordo com a ONU e a OMS, é duas vezes mais provável que o homem transmita o vírus para a mulher durante uma relação sexual. Isso porque, na ejaculação, o esperma, que contém uma grande concentração viral, permanece no organismo da mulher por mais tempo do que os fluidos vaginais no pênis.


Junte-se à biologia o fato de vivermos em um contexto de desequilíbrio de poder entre os gêneros, permeado, em muitos casos, pela falta de autonomia financeira da mulher.


Regina Navarro, no Livro de Ouro do Sexo, traz importante dado. Mulheres divorciadas com mais de 50 anos, que estão em busca de novos parceiros, também necessitam de informações sobre a disseminação da AIDS.


De acordo com a autora, um estudo realizado com 514 mulheres dessa faixa etária na Universidade Emory (EUA) demonstrou que cerca de metade delas acreditava que a vasectomia fornecia proteção contra o HIV.


Fontes: Folha Online, O Livro de Ouro do Sexo

postado por Tess Chamusca | 3:22 PM | 0 Comentários

quarta-feira, abril 23, 2008

Oficialmente do babado


Começa nessa quinta-feira (24 de abril) a 1ª Conferência Estadual GLBT Bahia. À primeira vista, pode parecer mais um entre tantos eventos envolvendo discussões e mesas redondas. Mas não é. A conferência é inédita, fruto de uma convocação nacional do presidente Lula e, no plano estadual, do governador Jaques Wagner.

Sacou? Não? O debate GLBTT em torno da necessidade de políticas públicas específicas virou pauta de Estado.

Para militantes do movimento, o acontecimento representa uma possibilidade real de proposição de medidas que assegurem direitos a essa parcela da população. Mas não só isso. A expectativa é que o governo reaja, garantindo a sustentação das políticas públicas aprovadas.

A programação completa da Conferência, que reúne até o sábado (dia 26), no Instituto Anísio Teixeira (Paralela), mesas temáticas, debates, grupos de trabalho e atividades culturais, pode ser conferida aqui.

E vem mais por aí. Em junho deste ano, acontece em Brasília a 1ª Conferência Nacional GLBT, que terá como tema “Direitos Humanos e Políticas Públicas”.

É bom deixar claro que nada disso caiu do céu, num ato de extrema generosidade governamental. É fruto de um longo trabalho de articulação de grupos e pessoas ligadas à “causa” GLBTT. Para se ter uma idéia, durante o processo de construção das bases do evento aqui na Bahia, foram promovidas 17 conferências territoriais em diferentes cidades do interior do estado.


Enfim. Não dá para esperar uma “Bahia sem homofobia” saindo quentinha e no capricho do forno conferencial. Mas, para quem luta pela transformação do estado na terra da diversidade e do respeito aos GLBTTs, o evento tem ares de conquista.


Patrícia Conceição

postado por Tess Chamusca | 2:43 PM | 2 Comentários

domingo, abril 20, 2008

Travestis na mídia - surgem abordagens positivas

Ao ler o jornal A Tarde de hoje, me entristeceu saber do falecimento da travesti Paulina, 25 anos, que foi arrastada cerca de 50 metros por dois homens que estavam em um carro na cidade de Feira de Santana.

Mas, outra coisa, além da barbaridade do fato, ocorrido no início dessa semana, despertou meu interesse. A notícia não foi dada em uma notinha da página policial e sim em uma digna matéria de duas colunas e oito parágrafos, acompanhada de foto da vítima.

Não é só uma questão de espaço que, de qualquer forma, já é um indicativo da importância atribuída ao acontecimento. Sem preconceito ou preguiça na apuração, os repórteres Alean Rodrigues e Sandro Lobo falaram cuidadosamente sobre como Paulina foi agredida (os homens aproximaram o carro e fingiram ser clientes) e sobre a negligência médica no atendimento dado à travesti no Hospital Geral Clériston Andrade, que pode ser processado.

Enfim, é bom saber que a mídia está modificando sua abordagem em relação a esse grupo, já tão estigmatizado e marginalizado na nossa sociedade. Aqui está a matéria publicada no A Tarde.

Travesti morre vítima de agressão e negligência

Hebert Pereira da Silva, conhecido como Paulina, 25 anos, não resistiu aos ferimentos de que foi vítima há seis dias, quando dois homens em um carro o arrastaram por cerca de 50 metros numa rua central em Feira de Santana, a 110 km de Salvador, e faleceu ontem de madrugada.

Apesar da gravidade da agressão, Paulina teve alta no mesmo dia (14) em que foi atendida no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Seu corpo foi enviado ontem à tarde para Teresina (PI), de onde ele havia chegado havia seis meses, junto com a mãe, com quem vivia.

Embora o médico, de prenome André, tenha dito aos amigos, familiares e imprensa que a vítima estava bem do ponto de vista ortopédico no dia em que foi atendida, um dos peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Feira informou ela apresentava quatro costelas quebradas e hematomas em vários órgãos. A suspeita geral é que Paulina tenha sofrido hemorragia interna nos dias seguintes à agressão.

NEGLIGÊNCIA – Familiares e amigos acham que houve negligência médica no atendimento.De acordo com o presidente do Glich – Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual, Rafael Carvalho, houve um caso semelhante ocorrido em 2003.“Foi quando Pureza [um travesti cujo nome de batismo era Roberto] foi baleada, atendida e liberada, como se estivesse tudo bem.Morreu dois dias depois”, relembra o militante.

No caso de Paulina, a agressão configura crime de ódio ou homofobia: a vítima foi atraída por dois homens a um carro azul, com uma avaria no fundo. Eles fingiram que queriam saber o preço do programa. “Um deles segurou no cós da minha calça e aí começaram a me arrastar”, disse ela, em entrevista a A TARDE, no dia seguinte à agressão, que resultou em vários ferimentos, principalmente na cabeça e rosto, além de pancadas pelo corpo – daí a suspeita de hemorragia interna como causa da morte.

Rafael Carvalho afirma que chegou a questionar ao médico se não era melhor que a vítima ficasse internada, já que sentia várias dores e pouco se movimentava, mas foi informado que não havia necessidade. “Esse André disse que o Hebert teve apenas ferimentos superficiais, que estava tudo bem e que não teria nenhuma seqüela”, denuncia.

A vítima foi enviada para casa, mas continuava reclamando de dores, principalmente na parte das costelas. Anteontem à noite, foi levada para o HGCA, com febre alta e dores no tórax. Os médicos o examinaram e detectaram que era necessário fazer uma cirurgia, mas não informaram o motivo. Hebert não chegou a ser operado.

DISCRIMINAÇÃO – “Se o médico garantiu que tinha feito vários exames, como é que não viram as costelas quebradas? O que ficou comprovado é que não houve o atendimento certo e acredito que foi discriminação por ele ser um travesti”, acusa Rafael. Na próxima terça-feira, ele vai se reunir com familiares da vítima e decidir se vai prestar uma queixacrime contra o hospital.

A TARDE tentou falar com o diretor do HGCA, Eduardo Leite, mas foi informada que ele estaria viajando e o telefone celular estava na caixa de mensagem. Uma queixa foi prestada na 2ª Delegacia, onde um inquérito foi instaurado, mas não foi possível checar o andamento das investigações devido à micareta. “Havia duas outras pessoas com ele que podem ajudar a identificar os agressores, é só a Polícia Civil agir com boa vontade”, afirma Rafael Carvalho, do Glich.

postado por Tess Chamusca | 9:31 PM | 2 Comentários

sexta-feira, abril 11, 2008

É perigoso ser gay na Bahia

Se por um lado fica a impressão que os GLBTTs têm saído vitoriosos na luta por respeito e reconhecimento dos seus direitos (imagem reforçada por acontecimentos como a 1ª Mostra Possíveis Sexualidades, noticiada no post anterior), por outro, parece que tudo não passa mesmo de impressão.

Nesta terça-feira, o Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou um relatório com a seguinte informação: Em 2007, o número de mortes violentas envolvendo homossexuais e travestis no país aumentou em 30%, quando comparado a 2006. Foram 122 assassinatos, 70% envolveram gays, 27% travestis e 3% lésbicas.

Para piorar a história, o Brasil é o país onde mais se mata homossexuais (média superior a cem mortes a cada ano) e 60% dos casos brasileiros ocorreram em estados do Nordeste. E adivinhem quem alcançou a indesejada liderança? Sim, a Bahia! Ou seja, o risco de um homossexual ser assassinado aqui é maior do que em qualquer lugar do país.

Se considerarmos que o levantamento tem como base apenas notícias de jornais e sites, é fácil supor que esse número seja bem maior. Quem quiser conferir mais detalhes da pesquisa, realizada desde 1980, pode clicar aqui.

Patrícia Conceição

postado por Tess Chamusca | 10:18 PM | 7 Comentários

quarta-feira, abril 02, 2008

Mostra exibe filmes de temática GLBTT

De 3 a 11 de abril, acontece a 1ª Mostra Possíveis Sexualidades, que reunirá, em Salvador, longas de ficção e documentários produzidos na Espanha, Brasil e Argentina. Os filmes serão exibidos no Instituto Cervantes, no circuito SALADEARTE (UFBA e Museu Geológico da Vitória) e na Sala Walter da Silveira (Barris).


A exposição fotográfica “Boneca Sai da Caixa” marca a abertura da Mostra, que ocorrerá às 19 horas, no Instituto Cervantes (Ladeira da Barra). Realizada pelo Laboratório de Fotografia da Faculdade de Comunicação da UFBA, a exposição pretende mostrar os melhores ângulos dos personagens que, com suas fantasias, marcam a Parada Gay de Salvador e contribuem para a promoção de uma cultura da paz. O registro é composto de imagens produzidas em estúdio durante a Parada de 2007.

Nesta primeira edição da Mostra Possíveis Sexualidades, a curadoria realizada pelo professor Rodrigo Barreto compôs um quadro diversificado do tratamento da sexualidade no cinema, selecionando obras com personagens e temáticas homossexuais, bissexuais e transexuais. O evento marcará a estréia, em salas baianas, de três filmes bastante aguardados: "Onde Andará Dulce Veiga?" e o documentário "Uma Questão de Gênero", ambos nacionais, e o longa argentino “XXI”.

"Onde Andará Dulce Veiga?" tem roteiro baseado no romance de Caio Fernando Abreu e representa o retorno do cineasta Guilherme de Almeida Prado às telonas. O diretor de “Perfume de Gardênia” (1992) e “A Hora Mágica” (1998) virá à Mostra para discutir as interseções entre o cinema e a obra do escritor gaúcho no dia 05 de abril. Também estarão presentes no debate Állex Leilla, doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais e Leandro Colling, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA.

“Por que cinema gay? – Alternativas além do rótulo” é o tema da mesa de discussão que será promovida pela Mostra no dia 04 de abril. O debate contará com a presença de Denilson Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE), Miguel Albaladejo, diretor do badalado filme espanhol "Filhote" (2004) e Rodrigo Barreto, doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA e co-idealizador da Mostra Possíveis Sexualidades. Na mesma ocasião, Denilson Lopes lançará o seu livro “A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens”.

Os filmes poderão ser vistos a preços populares (R$4) no circuito SALADEARTE e na Walter da Silveira e gratuitamente no Instituto Cervantes. A Mostra Possíveis Sexualidades é patrocinada pelo Fundo de Cultura da Bahia, programa de incentivo a produções artístico-culturais da Secretaria de Cultura do estado da Bahia.
Gente, a programação completa e maiores informações podem ser acessadas no blog do evento: http://www.possiveissexualidades.wordpress.com/

postado por Tess Chamusca | 9:52 PM | 0 Comentários

terça-feira, março 18, 2008

O aborto na mira da Campanha da Fraternidade 2008

Mal a Quarta-feira de Cinzas chegou, levando a festa da carne embora, e a Igreja Católica já mexia os pauzinhos para o lançamento da Campanha da Fraternidade (CF) desse ano. Depois de falar da Amazônia (2007), pessoas com deficiência (2006), solidariedade e paz (2005), e água enquanto fonte da vida (2004), o tema escolhido para este ano foi “Fraternidade e Defesa da Vida Humana”.

Com o lema “Escolhe, pois, a vida”, a Igreja Católica resolveu dedicar o ano de 2008 ao combate de questões como eutanásia, pesquisa envolvendo células-tronco, aborto, contracepção e prevenção do HIV. Não que esses temas tivessem sido deixados de lado pela Igreja, muito pelo contrário. A diferença é que agora eles assumem um papel central no discurso católico.

A escolha do aborto com um dos pontos principais da Campanha de 2008 é bem estratégico, quando consideramos toda a discussão, encabeçada principalmente pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sobre a descriminalização do aborto e o tratamento deste como um problema de saúde pública.

Marcando a posição contrária da Igreja Católica à ampliação das hipóteses de aborto legal no país, o documento oficial da CF utiliza uma série de argumentos religiosos, científicos e éticos na tentativa de mostrar que o aborto constitui-se num atentado contra o direito dos bebês não-nascidos à vida. “O aborto provocado nega a uma criança o direito de viver quando ela ainda não pode se fazer ouvir”, diz uma passagem do texto.

O documento questiona também estatísticas divulgadas pelo Governo Federal que apontam a realização de quase 230 mil internações por ano no SUS para tratar de complicações causadas por abortos clandestinos e, ainda, de aproximadamente 150 mil mortes de mulheres decorrentes do mesmo problema.

Sobram críticas ainda aos profissionais de saúde que defendem a prática, aos países onde o aborto é permitido e ao discurso feminista, por defender o direito da mulher em decidir sobre a gestação: “A luta pela emancipação da mulher exigiria o preço da liberação do aborto para que ela se torne efetivamente dona de seu próprio corpo. Este argumento ignora que a criança por nascer é o outro ser presente. Não é um simples órgão doente que se quer retirar”.

O documento que traça as diretrizes para a Campanha 2008 está disponível aqui.


Escolhe, pois, o aborto.

Aparentemente, nem todo católico compartilha a mesma opinião quanto ao aborto. Contrariando a posição oficial da Igreja, a ong feminista Católicas pela Direito de Decidir (CDD) se declara favorável não somente à legalização do aborto no país, como também ao uso da camisinha e à expressão livre da sexualidade.

Em seu site oficial, a ong defende que a maternidade deve ser uma escolha e não um destino imposto por outras pessoas, religiões ou governos: “Uma sociedade só pode ser considerada justa se as mulheres tiverem possibilidade de decidir sobre seu corpo e, portanto, sobre suas vidas. Poder escolher quando ser mãe e quantos filhos deseja ter é essencial para isso”.

A CDD atua no Brasil, desde 1993, em articulação com a rede latino-americana Católicas por El Derecho a Decidir e a norte-americana Catholics for Free Choice, promovendo os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, e a luta pela igualdade nas relações de gênero no interior da sociedade e da Igreja Católica.

Para a Igreja, no entanto, o grupo não tem nada de católico, apenas de abortista. Receberia milhões de dólares de grupos norte-americanos abertamente anti-vida, como a Fundação Ford, para eliminar o maior opositor do mundo contra o aborto, ou seja, a própria Igreja.

Segundo Jerson Lourenço Flores Garcia, representante do Movimento em Defesa da Vida, as CDD não devem ser consideradas católicas porque “ao interpretar os crimes contra a vida como legítimas expressões da liberdade individual, exigindo ou reconhecendo legalmente o direito de matar, se subverte a base dos direitos humanos e se nega o direito à vida". Coisa que católico nenhum deve fazer.

O provocativo desenho publicado nesse post foi criado pelo competentíssmo Guto Chaves, que, de agora em diante, será o ilustrador oficial do Gritos e Sussurros! O portfolio dele é: http://gutochaves.zip.net/

Patrícia Conceição

postado por Tess Chamusca | 1:07 PM | 0 Comentários

terça-feira, março 11, 2008

Agenda Cultural

Seminário Mulher e Literatura

Com o objetivo de valorizar a literatura escrita por mulheres e estimular a leitura de textos femininos, a Fundação Pedro Calmon promoverá na próxima segunda-feira, 17 de março, o seminário Mulher e Literatura. O evento será realizado no auditório da Biblioteca Pública do Estado (Barris) das 15 às 18 horas.

Participarão do debate as escritoras Renata Belmonte e Mônica Menezes, além das professoras doutoras Ívia Iracema e Dalila Machado. No seminário, serão discutidos temas como o corpo na literatura feita por mulheres, a escrita como cuidado de si e a representação das mulheres no seriado americano CSI. A entrada é franca.

Semana da diversidade

A Semana da Diversidade, evento que vem ocorrendo na Faculdade de Direito da UFBA desde o dia 11 de março, tem um dia reservado para a discussão sobre relações de gênero: próxima quinta-feira, 13 de março. Com uma programação que ocupará o dia inteirinho, o evento contará com a presença de Keila Simpson (presidente da Associação Nacional de Travestis), do professor Luiz Mott (fundador do Grupo Gay da Bahia) e de especialistas na temática. É gratuito também minha gente!


Confira o programa detalhado no link Semana da Diversidade
Exposição O caminho para a igualdade

Tendo inicialmente se dedicado a causa abolicionista, as líderes do movimento sufragista nos Estados Unidos precisaram lutar durante 70 anos para conquistarem o direito ao voto em 1920. E é através de cartazes que a exposição O caminho para a igualdade: como as mulheres americanas ganharam o voto, instalada no foyer da Biblioteca Pública do Estado, conta essa história.

A exposição é promovida pela Fundação Pedro Calmon em parceria com o Consulado Geral dos Estados Unidos e o Espaço Benjamim Franklin – American Corner Salvador e permanecerá na biblioteca até o dia 02 de abril.

Bevabbé (Assim é demais)

Você já deve ter ouvido falar em pessoas que, depois dos quarenta anos, resolveram mudar sua orientação sexual, mas e o contrário? Pois então, essa é a história da protagonista de Bevabbé (Assim é demais), monólogo que ficará em cartaz todas as quintas e sextas dos meses de março e abril, às 20 horas, no Theatro XVIII, Pelourinho. A direção é de Maria Cassi.

Tudo conspira a favor: o texto é ótimo; a atriz italiana Dodi Conti não precisa fazer muito esforço para ser engraçada e encarna muito bem a lésbica perdida no universo dos heterossexuais; e o ingresso é baratinho (R$4). Convencemos?

postado por Tess Chamusca | 10:34 PM | 0 Comentários

sábado, março 08, 2008

Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da mulher. Só Deus e alguns amigos sabem o drama que essa data comemorativa representou para o Gritos e Sussurros. Tinha que haver um post aqui, é fato. Porém, havia também a questão: escrever o que?

Uma matéria sobre as conquistas e lutas da classe feminina? Muito óbvio. Perfis de mulheres que, mesmo não sendo feministas de plantão, representam muito bem o grupo do qual fazemos parte? Penamos para achar alguém que se enquadrasse no perfil. (Gente, não estamos aqui dizendo que são poucas as mulheres “retadas” no mundo, mas, simplesmente, durante toda a semana, nenhuma idéia brilhante clareou nossas mentes).

No final das contas, já estávamos apelando para a descrição de um homem que tivesse alma de mulher. Epa! Aí já não seria reafirmar o papel que ainda lutamos tanto para desconstruir?

Depois de tamanha peleja, decidimos depor sobre o que representa para nós ser essa tal criatura que todo mês sangra (vamos combinar, existe clichê mais manjado do que falar da menstruação?!). Enfim, aí estão nossas impressões.

postado por Tess Chamusca | 6:14 PM | 0 Comentários

O que pensamos sobre tudo isso..

Um dos dias em que fiquei mais puta com essa história de ser mulher em uma sociedade patriarcal foi quando fui chamada de baixinha por um homem totalmente desconhecido. Baixinha? Peraê. Eu moro no Brasil e, medindo 1,74, definitivamente não posso ser chamada de baixinha! Aí a ficha caiu! Era só mais uma das várias maneiras que eles encontram de nos dizer: lembra do seu lugar.

Não vamos negar. Séculos e séculos se passaram, mas ser mulher ainda apresenta alguns impasses. Experimente ir a um bar sozinha ou acompanhada de uma amiga e depois me diga se sua conversa não foi insistentemente interrompida. Imagina. É claro que ir a um lugar como esse sem a companhia de um homem significa que você está à caça de outro.

E assim vai, da simples roda de conversa sobre futebol, na qual você NUNCA será escutada, até as vagas de emprego ou os salários mais altos que deixamos de ganhar por conta de critérios machistas no lugar da avaliação de competências. E, uma das piores sacanagens que têm feito conosco, a escolha entre carreira e filhos.

Contudo, mais do que essa série de entraves, o que me preocupa é o posicionamento das mulheres frente a eles. Depois que nós aprendemos o caminho da rua (Salve Betty Friedan!), resolvemos que o mundo seria nosso (e não duvido que seja), mas volta e meia nos mostramos bastante paradoxais.

Que me perdoe Freud, não tenho inveja alguma do pênis. Sou amiga íntima da minha anatomia! Mas, infelizmente, nem todas as mulheres aprenderam que ter autonomia sobre o corpo não significa sair dando indiscriminadamente. E haja bitch pra cá, cachorra pra lá. Vai me dizer que só os homens têm culpa no cartório?

Como queremos ter a nossa individualidade respeitada, se muitas de nós ainda valorizam só o homem provedor? É inevitável, quem paga as contas acaba controlando a vida. E assim, se reafirmam as mulheres submissas que não possuem a noção exata do que estão fazendo ao colocarem seus filhos para exibirem os pintos na rua quando eles sentem vontade de fazer xixi.


Tess Chamusca








Dizer que sangramos (e sofremos) todo mês pode ser clichê. Mas talvez qualquer criatura do sexo masculino que enfrentasse, por pelo menos um mês, a tal da menstruação entenderia o porquê da recorrência ao tema.

Pensando na data de hoje, é claro que muitas coisas mudaram para melhor: já está mais fácil tomar nossas cervejinhas em paz, o mercado de trabalho tem nos olhado menos feio ultimamente, e os homens até têm percebido que a vassoura é um objeto unissex.

Ainda assim, convivemos diariamente com desigualdades e desrespeito. Se o assunto é futebol, ainda precisamos gritar para ser ouvidas. Se o ônibus está cheio, por que nos importaríamos com uma roçada de leve? Até porque usamos saia para isso, não é meninas?

As barriguinhas – nem tão inhas – de chope ainda são preocupação exclusivamente nossa. Homem barrigudinho continua sendo charme, enquanto nós acumulamos apelidos nada lisonjeiros, como metralhada, por exemplo.

No volante, as buzinadas são sempre para nós. Fato que tem menos relação com culpa propriamente dita e mais com um prazer inexplicável de buzinar - para uma mulher, claro!

Para piorar, o Higgfly definitivamente não colou e, nessas horas, sou obrigada a concordar com Freud que um pintinho faz falta.

No meio desse caos, fico pensando na real necessidade dessa data e no que significa ser mulher nos dias de hoje. Difícil responder sem cair em inúmeros clichês. Então, vou derramá-los.

Ser mulher é ser Beralice. Criou quatro filhos sozinha, sem nunca ter deixado de arranjar casos e namorados por aí.

Ser mulher é ser Tatiana. Ama loucamente as mulheres, mas não consegue escapar dos olhares tortos da maior parte delas.

Ser mulher é ser Michele, para quem é um grande absurdo uma dama pegar qualquer peso superior a 500 gramas quando há um homem num raio de 3 km.

Ser mulher é ser Greice. Média, pesquisadora, esposa, mãe, militante. Tudo ao mesmo tempo. Agora!

Ser mulher é ser Érica, para quem três nunca é demais.

Ser mulher é “ser mulheres”.

Pronto. Clichê final.


Patrícia Conceição

Para os curiosos: Ilustra o nosso post o quadro Die Tanzerin, do pintor vienense Gustav Klimt. Porque Klimt? Isso é assunto para outro texto!

postado por Tess Chamusca | 5:22 PM | 2 Comentários

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O gênero, a literatura e a dança


Orlando no filme de Sally Potter

Hoje, às 20 horas, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, a intrigante história de Orlando, nobre inglês que, aos trinta anos se torna uma bela mulher, mais uma vez deixa as páginas impressas para ganhar corpo em outra manifestação artística.

Depois de dar origem ao filme homônimo dirigido por Sally Potter, o famoso livro escrito por Virgínia Woolf em 1928 inspira um espetáculo de dança.

"O Carvalho", vencedor do Prêmio Yanka Rudzka - edital de apoio à montagem de espetáculos de dança no estado da Bahia, não segue a risca os acontecimentos vividos por Orlando, mas enfatiza aspectos importantes da narrativa: as relações de gênero (e, por conseqüência, o corpo e a sexualidade), o ser humano e sua ligação com o tempo.

Virgínia Woolf joga com os padrões que nos posicionam como homens e mulheres. Desde o início, Orlando é um personagem ambíguo (possui traços andróginos e modos sutis). Ao se tornar mulher, mira-se no espelho sem nenhum sinal de perturbação. Convivem nele, sem maiores problemas, o masculino e o feminino.

O espetáculo expressa tal transitoriedade mesclando comportamentos atribuídos aos dois sexos nos dançarinos. Seus corpos representam uma identificação de gênero inacabada e não-fixa.

Além de descobrir a sensação das anáguas nas pernas, lidar com o assédio masculino e com a gravidez, Orlando tem a fantástica capacidade de atravessar os séculos (sua vida se passa entre o período quinhentista e 1928). Indo e vindo com toda liberdade, ele acaba por relativizar a noção de tempo. Fica a curiosidade: será que o espetáculo consegue exprimir uma "existência" tão complexa? Tem que ver para saber!

"O Carvalho" é interpretado pelos integrantes da Mantra Cia de Dança e tem direção de Fátima Suarez. Fundadora da Escola Contemporânea de Ballet, a coreógrafa atualmente dirige espetáculos nessa instituição e coordena o Mantra Centro de Dança e Arte Contemporânea.

Quando: 26 de fevereiro a 13 de março (terças, quartas e quintas).
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves.
Horário: 20 horas.
Ingressos (inteira): R$ 16.

Para os curiosos: Yanka Rudzka foi a primeira diretora da Escola de Dança da UFBA. De origem polonesa, ela trouxe para a Bahia os fundamentos da dança expressionista alemã.

postado por Tess Chamusca | 3:19 PM | 0 Comentários

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Desculpem os transtornos...

Estamos trabalhando para melhor atende-los! Pessoas, sei que fui negligente... Devia ter postado uma mensagem de boas festas com um aviso de que o blog estava de folga. Férias longas, eu sei! Mas em fevereiro (depois do carnaval, lógico) as coisas voltam a acontecer no Gritos e Sussurros!

Patrícia Conceição, amiga e colega de trabalho que fazia o programa Gritos e Sussurros na Rádio Facom (da Faculdade de Comunicação da UFBA) junto comigo, também vai escrever por aqui!

Então, aguardem muito mais conteúdo!
Abraços e Beijos a todos!

postado por Tess Chamusca | 2:56 PM | 1 Comentários

quarta-feira, novembro 28, 2007

Apareçam!


postado por Tess Chamusca | 2:52 PM | 1 Comentários

sábado, novembro 24, 2007

Camisinha feminina - buscando razões para sua baixa popularidade

Há alguns meses me dei conta de que, mesmo tendo visto diariamente uma vagina de acrílico preenchida com uma camisinha feminina no meu antigo local de trabalho, eu simplesmente nunca tinha me interessado em usar o tal preservativo. Na época, pareceu um absurdo, uma falta de comprometimento, já que a mídia, no período da chegada do novo método contraceptivo no Brasil, vendeu o invento como símbolo da emancipação sexual feminina.

Será que eu era mesmo descompromissada? Perguntei às mulheres do meu ciclo social se elas já tinham passado pela experiência, e não escutei sequer uma resposta afirmativa! A essa altura, além de usar a camisinha, eu também queria entender as razões de sua baixa popularidade. Em Salvador, ela é vendida apenas nas Farmácias Sant’ana. E, ainda assim, na maioria das drogarias pertencentes à rede você encara um “a gente vende, mas não tem”. Só consegui encontrar o produto no shopping Iguatemi e olha só o susto, duas camisinhas custam R$ 13,65!

Desde que foi criado, nos anos 90, o preservativo feminino só é fabricado pela empresa que a desenvolveu, a Female Health Company. E no nosso país, a DKT, distribuidora das camisinhas masculinas Prudence e Affair, é a única que fornece a versão feminina do produto (L’amour). Daí a razão dos preços caríssimos, que variam em até 100%.

Não houve sucesso comercial e os esforços acabaram se voltando para um grupo específico, formado por prostitutas, portadoras do HIV e parceiras de maridos machistas que costumam recorrer à rede pública de saúde. Mesmo entre as chamadas mulheres em situação de vulnerabilidade, a camisinha não foi adotada com tanta satisfação. Elas precisam de um método que não seja notado já que, ao perceberem o preservativo, muitos companheiros se recusam a ter relações sexuais.

Em Salvador, a aceitação não tem sido tão grande. De acordo com Sulamita Meneses, gerente do Centro de Orientação e Apoio Sorológico municipal (COAS), apenas cerca de 20% das mulheres continua utilizando o preservativo depois de terem sido orientadas.

O sexólogo carioca Adalberto Barbosa argumenta que há “uma falta lastimável de processos educativos motivadores a plena conscientização das novas gerações sobre a importância em se lançar mão desse tipo de preservativo”.

O fato é que não é possível fazer programas abrangentes de incentivo ao uso junto à população feminina quando não há estrutura para atender a um grupo maior de pessoas. Segundo Meneses, as mulheres que vão até o COAS em busca do preservativo precisam passar por um aconselhamento criterioso (orientação coletiva, transmissão de um vídeo e encontro individual posteriormente) porque os custos são muito elevados e é necessário ter certeza que o recurso preventivo vai mesmo ser utilizado.

“É um negócio feio. Acho até que seja brochante”. O comentário, feito pela administadora Patrícia Kalil, revela que, por mais que a camisinha feminina seja tão efetiva quanto a masculina, questões estéticas também motivam a baixa popularidade do produto entre as mulheres. Não há duvida de que o preservativo masculino é muito mais anatômico. Além de sua colocação ser mais trabalhosa, a versão feminina deixa a impressão de que existe algo permanentemente folgado (afirmo com conhecimento de causa!).

Pensando nisso, a ong Path, situada em Seattle, Estados Unidos, decidiu criar um design diferenciado para o produto.


No entanto, ainda não houve aprovação da FDA, agência americana que regula a comercialização de fármacos e alimentos. Os testes clínicos exigidos pelo controle de qualidade custariam até US$6 milhões à Path, dinheiro que a ong não possui. E, mesmo com a liberação, os custos não diminuiriam, já que a matéria-prima utilizada na nova camisinha é mais cara que o látex empregado nos preservativos masculinos.

postado por Tess Chamusca | 11:51 AM | 2 Comentários

quarta-feira, novembro 14, 2007

Voltando às DSTs...

Mesmo com tantos avanços já alcançados no controle e tratamento da doença, a AIDS ainda é um desafio para a saúde pública no mundo inteiro. Por conta disso, a revista Cadernos de Saúde Pública, periódico científico editado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, uma das unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lançou o fascículo Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS no século XXI: o desafio e a resposta.

O suplemento reune 12 artigos que discutem a importância da análise de contatos pessoais dos indivíduos na prevenção de DSTs e vários aspectos da epidemia da AIDS, como o impacto do tratamento anti-retroviral, o controle da transmissão da doença e uma avaliação da sobrevivência em casos acompanhados durante quase 20 anos.

Boa Leitura!

postado por Tess Chamusca | 10:38 PM | 0 Comentários

quinta-feira, novembro 01, 2007

Atenção à saúde da mulher ainda é insuficiente no Brasil


As desigualdades de gênero também permeiam o cuidado com a saúde. Durante anos, muitos aspectos do bem estar feminino foram negligenciados devido a políticas públicas voltadas apenas à maternidade. Nesse sentido, o movimento de mulheres tem ocupado um papel crucial na implantação de uma consciência mais ampla sobre a saúde, que contemple, inclusive, seus determinantes sociais.

Tal esforço vem sendo representado, principalmente, pela visibilidade que a discussão sobre direitos sexuais e reprodutivos da mulher alcançou no Brasil. Na atualidade, a promoção de uma vida sexual segura e satisfatória, que inclua a liberdade de escolha no que diz respeito à orientação sexual e à reprodução é uma meta do Ministério da Saúde (MS). A venda de anticoncepcionais nas Farmácias Populares a R$ 0,85 a cartela já é uma boa iniciativa!

Mas, dados do próprio MS mostram que as mulheres ainda não são suficientemente atendidas por políticas públicas de saúde no Brasil. Em 2005, 10.208 mortes foram causadas por câncer de mama e 4.506 devido ao câncer de colo de útero. O aborto em condições de risco ainda é uma das principais causas de mortalidade materna e a AIDS está se tornando uma epidemia feminina.

O excesso de trabalho, tabagismo e estresse passaram a fazer parte da vida das mulheres, tornando-as mais vulneráveis a problemas cardiovasculares. No entanto, de acordo com dados da American Heart Association, menos da metade delas é orientada sobre o risco de infarto.

Países em desenvolvimento como o Brasil precisam driblar uma dificuldade a mais na atenção à saúde das mulheres. O acesso a tratamentos médicos ainda é restrito por conta de fatores econômicos. Além disso, outro grande desafio é o enfrentamento da violência doméstica. Das mais de duas milhões de internações de mulheres em hospitais do SUS, no ano de 2006, 120 mil corresponderam a causas violentas.


Quem deseja se aprofundar no tema da agressão contra mulheres pode ler o artigo Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil

postado por Tess Chamusca | 10:18 PM | 1 Comentários

quarta-feira, outubro 24, 2007

Aprendendo um pouco mais sobre DSTs

Na primeira vez que escutei (quer dizer, li) a palavra “Clamídia”, imaginei ser nome de uma verme ou até mesmo de uma planta bem exótica. Fiquei surpresa ao descobrir que trata-se da doença sexualmente transmissível com maior prevalência no mundo – 90 milhões de casos anuais!

Todos já ouviram falar da gonorréia, certo? Pois bem, as manifestações da infecção causada pela chlamydia trachomatis são semelhantes. As pessoas sentem dor ao urinar e vão muitas vezes ao banheiro. Mas existem algumas diferenças, como o período de cerca de quinze dias para o surgimento dos sintomas - mais brandos e caracterizados principalmente por uma secreção amarela, de tonalidade mais clara.

Nem sempre as DSTs são encaradas com a devida seriedade. Pessoas negligenciam o uso da camisinha simplesmente porque algumas dessas doenças são curadas com antibióticos que nem custam muito caro.

Mas, males como a gonorréia e a clamídia costumam não apresentar sintomas em mulheres. E apesar da maior parte dos homens manifestarem os indícios da infecção, alguns deles são portadores aparentemente saudáveis.

E aí vem o pior. Essas DSTs são uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina (!) e já existem estudos, como o realizado por pesquisadores do Hospital Juan Canalejo, La Coruña (Espanha), que alegam uma relação entre a clamídia e a ausência de fertilidade entre os homens.

A investigação afirma que o sêmen afetado pela bactéria apresenta graus de fragmentação de DNA entre 35% e 45%. Esses níveis são de aproximadamente 15% em indivíduos que não têm a doença.

Gente, por conta de tudo que foi dito acima, a realização de exames diagnósticos de rotina é de extrema importância, principalmente para quem tem uma vida sexual muito ativa! E não esperem o surgimento de sintomas. Estejam atentos:

Homens, encarem o urologista como um médico que deve ser visitado não só na idade propícia à realização do exame de toque retal. E, por favor, deixem o preconceito de lado!

Mulheres, sangramento após o ato sexual ou entre os períodos menstruais já é um motivo para ir ao ginecologista.

Fontes: Instituto de Pesquisa em Oncologia Ginecológica, Folha Online e entrevista do Dr. Luiz Jorge Fagundes, médico dermatologista, responsável pela área de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Faculdade de Saúde Pública da USP, a Drauzio Varella.

postado por Tess Chamusca | 6:27 PM | 0 Comentários