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sexta-feira, maio 23, 2008

Aids e políticas públicas


No final de março desse ano, o Ministério da Saúde lançou uma campanha contra a Aids destinada não só a gays e travestis, mas também a homens que mantém relações sexuais com homens. Estranhou a expressão? O MS se deu conta que o comportamento sexual nem sempre corresponde à identidade sexual assumida e para alcançar o público formado por caras que transam com pessoas do mesmo sexo, mas não se consideram gays, adotou o termo.


A campanha inclui cartazes e folhetos sobre a prevenção ao vírus HIV e sobre o uso do preservativo. O material contém ilustrações de beijos, carícias e sexo oral entre homens e está sendo distribuído em organizações ligadas ao público-alvo, boates e bares. Além de prevenir, o ministério também quer abordar preconceito e direitos humanos.


O esforço de incluir vários grupos populacionais em programas de prevenção é necessário, mas não podemos perder de vista que a mulher ainda é a grande vulnerável quando o assunto é Aids.

Comecemos pelas questões físicas. De acordo com a ONU e a OMS, é duas vezes mais provável que o homem transmita o vírus para a mulher durante uma relação sexual. Isso porque, na ejaculação, o esperma, que contém uma grande concentração viral, permanece no organismo da mulher por mais tempo do que os fluidos vaginais no pênis.


Junte-se à biologia o fato de vivermos em um contexto de desequilíbrio de poder entre os gêneros, permeado, em muitos casos, pela falta de autonomia financeira da mulher.


Regina Navarro, no Livro de Ouro do Sexo, traz importante dado. Mulheres divorciadas com mais de 50 anos, que estão em busca de novos parceiros, também necessitam de informações sobre a disseminação da AIDS.


De acordo com a autora, um estudo realizado com 514 mulheres dessa faixa etária na Universidade Emory (EUA) demonstrou que cerca de metade delas acreditava que a vasectomia fornecia proteção contra o HIV.


Fontes: Folha Online, O Livro de Ouro do Sexo

postado por Tess Chamusca | 3:22 PM

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