Elfas Design

quinta-feira, junho 05, 2008

Perigo constante?

Enquanto eu e meu instrutor da auto-escola seguimos juntos na jornada de “tentar ensinar essa menina a fazer meia-embreagem”, Danica Patrick continua arrasando na Fórmula Indy.

Bem, como nem todo mundo curte aquelas corridas em circuitos ovais, onde o piloto passa a maior parte do tempo fazendo curvas para o mesmo lado, acho que é bom apresentar Danica.

Ela é uma piloto norte-americana (o substantivo é masculino e, adivinhem, não tem correspondente no feminino) que já estreou na Indy fazendo pole, marcando pontos, e recentemente venceu o Grande Prêmio de Motegi, no Japão. As disputas de Danica nas pistas têm feito a alegria de patrocinadores e profissionais da área comercial da Indy.


Mas ela não foi a primeira, nem a única. Ainda que seja um esporte tradicionalmente masculino, volta e meia o automobilismo recebe a visita de uma “gaiata” nas pistas.

A Fórmula 1, categoria dos sonhos de todos os pilotos profissionais e meu alento nas manhãs de domingo, já teve cinco representantes femininas - Maria Teresa de Filippis, Lella Lombardi, Divina Galica, Desire Wilson e Giovanna Amati. No entanto, Lella foi a única a conseguir marcar pontos até hoje, com um sexto lugar no GP da Espanha de 1975.

Já no automobilismo profissional brasileiro, há alguns poucos destaques em diferentes categorias: Bia Figueiredo, na Indy Light; Helena Deyama, piloto de rally no Cross Country; e Débora Rodrigues (ex-musa dos sem-terras), na Fórmula Truck.

A presença das mulheres no automobilismo é muito bacana e coisa e tal, mas quando os motores roncam pra valer é difícil ver uma mulher chegando em primeiro.

Podemos botar a culpa na falta de investimento na formação de pilotos femininas, na desvantagem em relação aos homens quando o assunto é força e arrojo, na inexistência de uma categoria de automobilismo específica, ou na milenar herança machista.

Mas uma coisa é fato, não quero ver mulher correndo apenas pelo fato de ser mulher ou pela grana que isso gera na mão dos marketeiros de plantão. Quando for para correr, tem que ser pela competitividade e pelo talento. Dentro do autódromo!

Patrícia Conceição

postado por Tess Chamusca | 6:54 PM

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial