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sexta-feira, maio 23, 2008

12 países não permitem a entrada de soropositivos em seu território

Infelizmente, os problemas relacionados à AIDS não dizem respeito apenas ao insucesso de pesquisas que buscam um combate efetivo para a doença. Parece irreal, mas na atualidade 12 países (Armênia, Brunei, China, Colômbia, Iraque, Coréia, Líbia, Moldávia, Catar, Arábia Saudita, Sudão e Estados Unidos) não permitem a entrada de imigrantes ou turistas soropositivos.

Nos Estados Unidos, as pessoas são questionadas se possuem alguma doença contagiosa, enquanto na China a pergunta é mais incisiva: o senhor (ou senhora) tem o vírus HIV? Como a resposta afirmativa implica em cancelamento do visto, muitos têm escondido os medicamentos em frascos trocados ou até mesmo deixado de tomar os remédios no período em que permanecem no país.

O visto de residente é negado a soropositivos em 62 nações, incluindo o Canadá. 72 países não aplicam as restrições. Entre eles está o Brasil, cujo programa de Aids é referência no mundo, principalmente pela distribuição gratuita de medicamentos.

“A aids não é uma doença que se transmite pelo ar. Portanto, não há motivos para que as restrições existam. A aids não pode ser tratada apenas como questão de segurança nacional”, diz Mariangela Simão, coordenadora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde brasileiro.

Por entender que o problema não é uma questão de soberania e sim de direitos humanos, a Organização Mundial de Saúde pretende acabar com o impedimento à entrada de soropositivos nos países.

Em fevereiro, o assunto foi discutido em Genebra. O Brasil ficou responsável pela coordenação de um grupo que fará recomendações aos países que impedem até as viagens turísticas. Já o governo filipino lidera as discussões sobre a entrada de imigrantes. A meta é apresentar propostas à Assembléia Geral da ONU.

O argumento das nações ricas é que a liberação da entrada deve acarretar problemas para o sistema de saúde, pois elas crêem que pode haver uma migração massiva de pessoas para os locais onde o acesso aos remédios é gratuito.

Segundo dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), do Programa Nacional de DST e AIDS, atualmente, pelo menos 1.256 estrangeiros - em situação legal ou clandestinos - estão em tratamento no Brasil. "Mesmo com atendimento universal e de qualidade, não recebemos uma enxurrada de imigrantes. Na prática, essa parcela é pequena”, afirma Mariângela Simão.

Fonte: Estado de São Paulo, O Dia Online, Agência de Notícias da Aids

postado por Tess Chamusca | 4:38 PM

1 Comentários:
Blogger Asfalto Vermelho disse...

O mais punk é que EUA e China estão envolvidos em guerras "frias", com armas nucleares (apesar da determinante hegemonia econômica e política dos EUA) e até mesmo com armas químicas e biológicas e querem se proteger do que? Proibir soropositivos é, obviamente, dicrimitório, mas para isso não serve Organização Mundial de Saúde e nem a ONU, só para dizerem AMÉM à indústria farmacêutica e intervenções militares opressoras ao redor do mundo!!

21:20  

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