this is reteaching gender and sexuality
postado por Tess Chamusca | 6:26 PM
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postado por Tess Chamusca | 8:21 PM
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postado por Tess Chamusca | 10:46 AM
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postado por Tess Chamusca | 10:32 AM
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postado por Tess Chamusca | 8:29 PM
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postado por Tess Chamusca | 5:49 PM
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postado por Tess Chamusca | 10:10 PM
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postado por Tess Chamusca | 11:46 AM
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postado por Tess Chamusca | 9:33 AM
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De 17 a 19 de junho, será realizado, em Brasília, o Seminário Nacional Psicologia e Diversidade Sexual: desafios para uma sociedade de direitos. As conferências e debates serão ministrados por ativistas LGBT, representantes de instituições governamentais e pesquisadores da área reconhecidos nacionalmente, a exemplo de Berenice Bento, Anna Paula Uziel e Elizabeth Zambrano.
Entre outras temáticas, serão discutidos no evento "a contribuição dos movimentos sociais na promoção da cidadania LGBT", "Diversidade Sexual, Democracia e Promoção de Direitos", "Desnaturalização das Questões de Gênero" e "Prática psicológica e a sexualidade como categoria de subjetivação". Mais informações podem ser obtidas através do email napg@pol.org.br ou pelo telefone: (61) 2109 0101. Confira a programação completa do seminário:
17.06
19h - Abertura com o presidente da ABGLT Toni Reis e o presidente do Conselho Federal de Psicologia Humberto Verona
19h30 - Conferência Diversidade Sexual, Democracia e Promoção de Direitos, com a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora associada do Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM) Anna Paula Uziel
18.06
9h - Mesa Redonda "A prática psicológica e a sexualidade como categoria de subjetivação", com o professor da UNESP e doutor em Psicologia Clínica (PUC/SP) Fernando Silva Teixeira Filho, o professor da UFPE e doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Luís Felipe Rios e a psicanalista e pesquisadora da USP Patrícia Porchat
10h30 - Mesa Redonda "Desnaturalização das Questões de Gênero", com a presidente da Associação das Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (ASTRA) Marjorie Machi, a doutora em Sociologia (UNB) e professora da UFRN Berenice Bento e o professor da Unesp e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Sexualidades (GEPS/CNPq) William Siqueira Peres
13h30 - Mesa Redonda "Psicologia, sexualidade, novas configurações familiares e aspectos legais da promoção de direitos", com a doutora em Direito (UFPR) e autora do livro “União entre pessoas do mesmo sexo: aspectos jurídicos e sociais” Ana Carla Harmatiuk Matos, a doutora em Antropologia Social (UFRGS) e uma das autoras da cartilha “O direito à homoparentalidade” Elizabeth Zambrano e a coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP Ana Luiza Castro
15h - Mesa Redonda "Psicologia, Laicidade e Diversidade Sexual", com a coordenadora do Programa de Abortamento Legal nos Hospitais Públicos e militante da entidade Católicas pelo Direito de Decidir Rosângela Talib, a pesquisadora do Instituto de Bioética Direitos Humanos e Gênero (ANIS) Débora Diniz e a professora do Instituto de Medicina Social da UERJ e coordenadora da linha de pesquisa Gênero, Subjetividade e Biopolítica Márcia Ramos Arán
16h30 - Mesa Redonda "Psicologia, Diversidade Sexual e Políticas Públicas", com o Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da SEAS-DH/RJ Cláudio Nascimento e a Doutoranda em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Daniela Murta
19.06
9h - Mesa Redonda "A contribuição dos Movimentos Sociais na Promoção da Cidadania LGBT", com o presidente da ABGLT Toni Reis e a doutora em Ciências Sociais (Unicamp) e pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp (Pagu) Regina Facchini
10h30 - Mesa Redonda "Enfrentamento à Patologização e à Homofobia: Código de Ética do psicólogo e Resolução CFP 001/1999", com a professora da PUC/SP e doutora em Psicologia Experimental (USP) Edna Kahhale e o professor da PUC/MG e membro fundador da Rede Internacional em Psicopatologia Transcultural Paulo Roberto Ceccarelli.
postado por Tess Chamusca | 1:17 PM
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No dia 17 de maio, o mundo inteiro comemora o Dia contra a Homofobia. Para marcar a passagem da data, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) está convocando, não somente ativistas de suas 237 organizações afiliadas, mas pessoas de todos os estados do país interessadas em participar da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia, que tem como destino a cidade de Brasília.
No dia 19 de maio de 2010, será realizado o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia, com concentração às 9h, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Fazem parte da pauta de reivindicações do ato a garantia do estado laico, o combate ao fundamentalismo religioso e o cumprimento do Plano Nacional LGBT em sua totalidade. Leia o manifesto.
postado por Tess Chamusca | 9:20 AM
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Alguém aí lembra da Danica Patrick e do post de Patrícia intitulado Perigo Constante? Deixem de preguiça! É só dar uma olhadinha aí do lado em Textos Recentes (ok, nem tão recentes... Mas enfim). Paty falava na matéria que a Fórmula 1 era a categoria dos sonhos de todo piloto profissional. Pois, não é que a americana Danica Patrick, cotada para correr pela equipe USF1 em 2010, já descartou a possibilidade de ir para a Europa? Em entrevista ao Los Angeles Times, ela declarou que não pretende deixar a Fórmula Indy, pois prefere ficar por perto de seus familiares e amigos.
Louca? Metida? Sensata? Leiam a opinião do jornalista Gerson Campos, colunista do Yahoo Esportes.
postado por Tess Chamusca | 9:13 PM
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"Sem que eu pedisse, fizeste-me a graça
de magnificar meu membro.
Sem que eu esperasse, ficaste de joelhos
em posição devota.
O que passou não é passado morto.
Para sempre e um dia
o pênis recolhe a piedade osculante de tua boca.
Hoje não estás nem sei onde estarás,
na total impossibilidade de gesto ou comunicação.
Não te vejo não te escuto não te aperto
mas tua boca está presente, adorando.
Adorando.
Nunca pensei ter entre as coxas um deus"
Esses lânguidos versos de Carlos Drummond de Andrade e outros poemas de Bocage, Manuel Bandeira e Gregório de Mattos darão o tom do Recital Amores Diversos – Poemas de Amor e Erotismo, promovido pela Escola Lucinda de Poesia Viva, da atriz e poeta Elisa Lucinda.
O evento, marcado para as 19h30, tem apoio da livraria Galeria do Livro e é apresentado pelo grupo "A Poesia Quando Chega...". Logicamente é destinado ao público adulto.
Só tem um detalhe que desagrada os não tão bem providos financeiramente (principalmente porque estamos no fim do mês!). O recital faz parte da 14ª edição da Casa Cor Bahia e os ingressos custam R$25!
Aos que também se interessam por variadas possibilidade decorativas e ambientes inusitados, a Casa Cor está acontecendo no Hotel da Bahia (Av. Sete de Setembro, 1537, Campo Grande).
Se alguém aí ficou se perguntando de onde vieram os libidinosos versos de Drummond, eles integram um livro mais libidinoso ainda chamado O Amor Natural. Por conta de um pedido do tímido poeta, a publicação só foi lançada em 1992, quando seu genial autor já não estava entre nós. Então, em homenagem a ele:
“Sejamos navegantes
Bandeirantes e guerreiros
Sejamos tudo que quiserem
Sobretudo pornográficos.”
postado por Tess Chamusca | 11:11 AM
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postado por Tess Chamusca | 10:46 AM
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Nos dias 25 e 26 de julho, o Grupo Gay de Lauro de Freitas realizará o II Seminário de Equipe Multidisciplinar em HIV/AIDS. O evento irá acontecer na Casa do Trabalhador (Rua Euvaldo Santos, s/n, Centro de Lauro de Freitas).
Com o encontro, o grupo pretende viabilizar uma articulação política entre entidades que lidam com prevenção e tratamento do HIV/AIDS, fortalecer estratégias de comunicação, expor experiências bem sucedidas e estabelecer um cronograma de ações.
Apenas técnicos da área poderão participar do evento, que tem as inscrições encerradas no dia 23 de julho, às 18 horas. Será permitida a participação de, no máximo, três representantes por instituição. O Grupo Gay de Lauro de Freitas irá custear a alimentação de quem estiver presente no seminário. A inscrição deve ser feita através do email gaylaurodefreitas@yahoo.com.br.
Mais informações: Franklin Silva – presidente do Grupo Gay de Lauro de Freitas (71) 9166-3424
postado por Tess Chamusca | 10:35 PM
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Pessoas,
Acabei de saber que, por motivos pessoais, a defesa do aluno de História da UCSal Élcio Gomes da Silva foi adiada. Assim que souber a nova data informo a todos.
postado por Tess Chamusca | 1:58 PM
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postado por Tess Chamusca | 12:10 AM
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postado por Tess Chamusca | 10:48 PM
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Enquanto eu e meu instrutor da auto-escola seguimos juntos na jornada de “tentar ensinar essa menina a fazer meia-embreagem”, Danica Patrick continua arrasando na Fórmula Indy.
Bem, como nem todo mundo curte aquelas corridas em circuitos ovais, onde o piloto passa a maior parte do tempo fazendo curvas para o mesmo lado, acho que é bom apresentar Danica.
Ela é uma piloto norte-americana (o substantivo é masculino e, adivinhem, não tem correspondente no feminino) que já estreou na Indy fazendo pole, marcando pontos, e recentemente venceu o Grande Prêmio de Motegi, no Japão. As disputas de Danica nas pistas têm feito a alegria de patrocinadores e profissionais da área comercial da Indy.
postado por Tess Chamusca | 6:54 PM
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*Nilcéa Freire
Está em curso, em Mato Grosso do Sul, um episódio assustador e de imensa fúria persecutória contra os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, no Brasil. Nada menos do que 9.896 mulheres mato-grossenses estão prestes a serem interrogadas e levadas a julgamento, num só processo, no qual são acusadas de terem provocado abortos, desde o final dos anos 90, conforme decisão do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Mato Grosso do Sul, Aloísio Pereira dos Santos.
A decisão, historicamente inédita, é tão injusta quanto estarrecedora, apesar de encontrar amparo na legislação brasileira. Em abril do ano passado, houve a instalação de um inquérito contra a proprietária de uma Clínica de planejamento familiar, com 20 anos de funcionamento no centro de Campo Grande (MS), acusada de praticar abortos. A apreensão de milhares de prontuários médicos daria origem ao processo em massa contra as quase 10 mil mulheres.
A delegada Regina Márcia Rodrigues Mota, que conduz o caso, afirmou que está estudando “a organização de uma força-tarefa para concluir os inquéritos e remetê-los à Justiça”. O promotor de Justiça Paulo César dos Passos fundamentou: “A pressa é para evitar a prescrição do delito, que ocorre em oito anos.”
No ímpeto de condenar, a Justiça promoveu constrangimentos ilegais. Prontuários médicos, dos quais as instituições de Saúde são as guardiãs, segundo a legislação brasileira, foram apreendidos e colocados à disposição da curiosidade de quem quer que seja. Na seqüência, o juiz recuou, devido à grande procura - principalmente de homens - por interessados em saber o nome das clientes.
Qual é a real motivação de tamanha truculência? Será que realmente é o caso de se instituir uma força-tarefa como se estivéssemos tratando de uma horda de delinqüentes de elevada periculosidade para a vida em sociedade? Está sendo justa a Justiça? E a responsabilidade dos 9.896 homens supostamente associados àquelas gestações? Também será em algum momento lembrada e cobrada judicialmente?
O Brasil é signatário de diversos instrumentos jurídicos e acordos internacionais, entre eles a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as mulheres e a Plataforma de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, no Cairo, que visam a assegurar o direito à Saúde sexual e reprodutiva das mulheres.
O aborto provocado é reconhecido, mundialmente, como um importante problema de Saúde pública, especialmente nos países cujas legislações restringem a sua prática, como é o caso brasileiro.
Enquanto a taxa de aborto por 1.000 mulheres é de 4/1.000 em países como a Holanda, no Brasil a estatística é 10 vezes maior: 40/1.000. Não há família, no sentido amplo, que não tenha vivenciado esse drama. Esse descompasso entre a vida cotidiana das pessoas e a criminalização da prática do aborto fica evidente no episódio em curso na Justiça mato-grossense, além de comprovado por inúmeras pesquisas especializadas.
Para se ter uma idéia, segundo a pesquisa aborto induzido: Conhecimento, Atitude e Prática de Ginecologistas e Obstetras no Brasil, realizada em 2005, pelo Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), aproximadamente 80% dos ginecologistas e obstetras ouvidos (3.386 profissionais) que viveram alguma situação de GRAVIDEZ indesejada em suas vidas (homens e mulheres) optaram pela interrupção voluntária da GRAVIDEZ, mesmo fora das possibilidades legais vigentes.
O mesmo levantamento, contudo, nos informa que cerca de 50% dos médicos respondentes à pesquisa e que trabalham em serviços públicos de Saúde, diante de um caso de aborto - ainda que previsto em lei - optam por pedir a outro profissional para que realize o procedimento.
Outro estudo do Cemicamp revela que, no âmbito do Poder Judiciário, quatro de cada cinco magistrados que vivenciaram uma GRAVIDEZ indesejada decidiram que a situação justificava a prática do aborto. No entanto, cerca de 50% dos juízes não abrem mão da exigência de alvará judicial para autorização da prática de aborto prevista em lei (casos de risco iminente de morte para a mãe e Estupro), procedimento desnecessário conforme as próprias normas jurídicas vigentes.
Esses indicadores demonstram que, quando estamos mais próximos de quem vivencia uma GRAVIDEZ indesejada, é maior a tendência a justificar a interrupção voluntária da gestação, ainda que isso não signifique alteração na rejeição ao aborto em si.
Todas as pesquisas de opinião revelam que a maioria dos brasileiros preferiria que nenhuma mulher tivesse que provocar um aborto. Mesmo aquelas mulheres que terminaram por provocar um aborto manifestavam opinião contrária a essa prática, até se verem na situação que as levou a optar pela interrupção da gestação.
O que está por ser aferido - e a reação da opinião pública ao caso das 9.896 mato-grossenses poderá contribuir para esse balizamento - é a taxa de rejeição a prisões de mulheres por aborto, na sociedade brasileira.
O primeiro passo foi dado, na semana passada, por um conjunto de organizações feministas e de defesa dos direitos das mulheres, que denunciou à Subcomissão da Defesa da mulher, no Senado Federal, a violação dos direitos humanos das mulheres no contexto do caso de Campo Grande.
Urge responder, no caso de Mato Grosso do Sul, se está sendo justa a Justiça.
Nilcéa Freire é ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
postado por Tess Chamusca | 4:11 PM
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postado por Tess Chamusca | 4:45 PM
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Infelizmente, os problemas relacionados à AIDS não dizem respeito apenas ao insucesso de pesquisas que buscam um combate efetivo para a doença. Parece irreal, mas na atualidade 12 países (Armênia, Brunei, China, Colômbia, Iraque, Coréia, Líbia, Moldávia, Catar, Arábia Saudita, Sudão e Estados Unidos) não permitem a entrada de imigrantes ou turistas soropositivos.
Nos Estados Unidos, as pessoas são questionadas se possuem alguma doença contagiosa, enquanto na China a pergunta é mais incisiva: o senhor (ou senhora) tem o vírus HIV? Como a resposta afirmativa implica em cancelamento do visto, muitos têm escondido os medicamentos em frascos trocados ou até mesmo deixado de tomar os remédios no período em que permanecem no país.
O visto de residente é negado a soropositivos em 62 nações, incluindo o Canadá. 72 países não aplicam as restrições. Entre eles está o Brasil, cujo programa de Aids é referência no mundo, principalmente pela distribuição gratuita de medicamentos.
“A aids não é uma doença que se transmite pelo ar. Portanto, não há motivos para que as restrições existam. A aids não pode ser tratada apenas como questão de segurança nacional”, diz Mariangela Simão, coordenadora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde brasileiro.
Por entender que o problema não é uma questão de soberania e sim de direitos humanos, a Organização Mundial de Saúde pretende acabar com o impedimento à entrada de soropositivos nos países.
Em fevereiro, o assunto foi discutido em Genebra. O Brasil ficou responsável pela coordenação de um grupo que fará recomendações aos países que impedem até as viagens turísticas. Já o governo filipino lidera as discussões sobre a entrada de imigrantes. A meta é apresentar propostas à Assembléia Geral da ONU.
O argumento das nações ricas é que a liberação da entrada deve acarretar problemas para o sistema de saúde, pois elas crêem que pode haver uma migração massiva de pessoas para os locais onde o acesso aos remédios é gratuito.
Segundo dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), do Programa Nacional de DST e AIDS, atualmente, pelo menos 1.256 estrangeiros - em situação legal ou clandestinos - estão em tratamento no Brasil. "Mesmo com atendimento universal e de qualidade, não recebemos uma enxurrada de imigrantes. Na prática, essa parcela é pequena”, afirma Mariângela Simão.
Fonte: Estado de São Paulo, O Dia Online, Agência de Notícias da Aids
postado por Tess Chamusca | 4:38 PM
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postado por Tess Chamusca | 3:22 PM
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Para militantes do movimento, o acontecimento representa uma possibilidade real de proposição de medidas que assegurem direitos a essa parcela da população. Mas não só isso. A expectativa é que o governo reaja, garantindo a sustentação das políticas públicas aprovadas.
A programação completa da Conferência, que reúne até o sábado (dia 26), no Instituto Anísio Teixeira (Paralela), mesas temáticas, debates, grupos de trabalho e atividades culturais, pode ser conferida aqui.postado por Tess Chamusca | 2:43 PM
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Ao ler o jornal A Tarde de hoje, me entristeceu saber do falecimento da travesti Paulina, 25 anos, que foi arrastada cerca de 50 metros por dois homens que estavam em um carro na cidade de Feira de Santana.
Mas, outra coisa, além da barbaridade do fato, ocorrido no início dessa semana, despertou meu interesse. A notícia não foi dada em uma notinha da página policial e sim em uma digna matéria de duas colunas e oito parágrafos, acompanhada de foto da vítima.
Não é só uma questão de espaço que, de qualquer forma, já é um indicativo da importância atribuída ao acontecimento. Sem preconceito ou preguiça na apuração, os repórteres Alean Rodrigues e Sandro Lobo falaram cuidadosamente sobre como Paulina foi agredida (os homens aproximaram o carro e fingiram ser clientes) e sobre a negligência médica no atendimento dado à travesti no Hospital Geral Clériston Andrade, que pode ser processado.
Enfim, é bom saber que a mídia está modificando sua abordagem em relação a esse grupo, já tão estigmatizado e marginalizado na nossa sociedade. Aqui está a matéria publicada no A Tarde.
Travesti morre vítima de agressão e negligência
Hebert Pereira da Silva, conhecido como Paulina, 25 anos, não resistiu aos ferimentos de que foi vítima há seis dias, quando dois homens em um carro o arrastaram por cerca de 50 metros numa rua central em Feira de Santana, a 110 km de Salvador, e faleceu ontem de madrugada.
Apesar da gravidade da agressão, Paulina teve alta no mesmo dia (14) em que foi atendida no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Seu corpo foi enviado ontem à tarde para Teresina (PI), de onde ele havia chegado havia seis meses, junto com a mãe, com quem vivia.
Embora o médico, de prenome André, tenha dito aos amigos, familiares e imprensa que a vítima estava bem do ponto de vista ortopédico no dia em que foi atendida, um dos peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Feira informou ela apresentava quatro costelas quebradas e hematomas em vários órgãos. A suspeita geral é que Paulina tenha sofrido hemorragia interna nos dias seguintes à agressão.
NEGLIGÊNCIA – Familiares e amigos acham que houve negligência médica no atendimento.De acordo com o presidente do Glich – Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual, Rafael Carvalho, houve um caso semelhante ocorrido em 2003.“Foi quando Pureza [um travesti cujo nome de batismo era Roberto] foi baleada, atendida e liberada, como se estivesse tudo bem.Morreu dois dias depois”, relembra o militante.
No caso de Paulina, a agressão configura crime de ódio ou homofobia: a vítima foi atraída por dois homens a um carro azul, com uma avaria no fundo. Eles fingiram que queriam saber o preço do programa. “Um deles segurou no cós da minha calça e aí começaram a me arrastar”, disse ela, em entrevista a A TARDE, no dia seguinte à agressão, que resultou em vários ferimentos, principalmente na cabeça e rosto, além de pancadas pelo corpo – daí a suspeita de hemorragia interna como causa da morte.
Rafael Carvalho afirma que chegou a questionar ao médico se não era melhor que a vítima ficasse internada, já que sentia várias dores e pouco se movimentava, mas foi informado que não havia necessidade. “Esse André disse que o Hebert teve apenas ferimentos superficiais, que estava tudo bem e que não teria nenhuma seqüela”, denuncia.
A vítima foi enviada para casa, mas continuava reclamando de dores, principalmente na parte das costelas. Anteontem à noite, foi levada para o HGCA, com febre alta e dores no tórax. Os médicos o examinaram e detectaram que era necessário fazer uma cirurgia, mas não informaram o motivo. Hebert não chegou a ser operado.
DISCRIMINAÇÃO – “Se o médico garantiu que tinha feito vários exames, como é que não viram as costelas quebradas? O que ficou comprovado é que não houve o atendimento certo e acredito que foi discriminação por ele ser um travesti”, acusa Rafael. Na próxima terça-feira, ele vai se reunir com familiares da vítima e decidir se vai prestar uma queixacrime contra o hospital.
A TARDE tentou falar com o diretor do HGCA, Eduardo Leite, mas foi informada que ele estaria viajando e o telefone celular estava na caixa de mensagem. Uma queixa foi prestada na 2ª Delegacia, onde um inquérito foi instaurado, mas não foi possível checar o andamento das investigações devido à micareta. “Havia duas outras pessoas com ele que podem ajudar a identificar os agressores, é só a Polícia Civil agir com boa vontade”, afirma Rafael Carvalho, do Glich.
postado por Tess Chamusca | 9:31 PM
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Se por um lado fica a impressão que os GLBTTs têm saído vitoriosos na luta por respeito e reconhecimento dos seus direitos (imagem reforçada por acontecimentos como a 1ª Mostra Possíveis Sexualidades, noticiada no post anterior), por outro, parece que tudo não passa mesmo de impressão.
Nesta terça-feira, o Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou um relatório com a seguinte informação: Em 2007, o número de mortes violentas envolvendo homossexuais e travestis no país aumentou em 30%, quando comparado a 2006. Foram 122 assassinatos, 70% envolveram gays, 27% travestis e 3% lésbicas.
Para piorar a história, o Brasil é o país onde mais se mata homossexuais (média superior a cem mortes a cada ano) e 60% dos casos brasileiros ocorreram em estados do Nordeste. E adivinhem quem alcançou a indesejada liderança? Sim, a Bahia! Ou seja, o risco de um homossexual ser assassinado aqui é maior do que em qualquer lugar do país.
Se considerarmos que o levantamento tem como base apenas notícias de jornais e sites, é fácil supor que esse número seja bem maior. Quem quiser conferir mais detalhes da pesquisa, realizada desde 1980, pode clicar aqui.
Patrícia Conceição
postado por Tess Chamusca | 10:18 PM
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De 3 a 11 de abril, acontece a 1ª Mostra Possíveis Sexualidades, que reunirá, em Salvador, longas de ficção e documentários produzidos na Espanha, Brasil e Argentina. Os filmes serão exibidos no Instituto Cervantes, no circuito SALADEARTE (UFBA e Museu Geológico da Vitória) e na Sala Walter da Silveira (Barris).
postado por Tess Chamusca | 9:52 PM
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postado por Tess Chamusca | 1:07 PM
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Seminário Mulher e Literatura
Com o objetivo de valorizar a literatura escrita por mulheres e estimular a leitura de textos femininos, a Fundação Pedro Calmon promoverá na próxima segunda-feira, 17 de março, o seminário Mulher e Literatura. O evento será realizado no auditório da Biblioteca Pública do Estado (Barris) das 15 às 18 horas.
Participarão do debate as escritoras Renata Belmonte e Mônica Menezes, além das professoras doutoras Ívia Iracema e Dalila Machado. No seminário, serão discutidos temas como o corpo na literatura feita por mulheres, a escrita como cuidado de si e a representação das mulheres no seriado americano CSI. A entrada é franca.
Semana da diversidade
A Semana da Diversidade, evento que vem ocorrendo na Faculdade de Direito da UFBA desde o dia 11 de março, tem um dia reservado para a discussão sobre relações de gênero: próxima quinta-feira, 13 de março. Com uma programação que ocupará o dia inteirinho, o evento contará com a presença de Keila Simpson (presidente da Associação Nacional de Travestis), do professor Luiz Mott (fundador do Grupo Gay da Bahia) e de especialistas na temática. É gratuito também minha gente!
postado por Tess Chamusca | 10:34 PM
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Dia Internacional da mulher. Só Deus e alguns amigos sabem o drama que essa data comemorativa representou para o Gritos e Sussurros. Tinha que haver um post aqui, é fato. Porém, havia também a questão: escrever o que?
Uma matéria sobre as conquistas e lutas da classe feminina? Muito óbvio. Perfis de mulheres que, mesmo não sendo feministas de plantão, representam muito bem o grupo do qual fazemos parte? Penamos para achar alguém que se enquadrasse no perfil. (Gente, não estamos aqui dizendo que são poucas as mulheres “retadas” no mundo, mas, simplesmente, durante toda a semana, nenhuma idéia brilhante clareou nossas mentes).
No final das contas, já estávamos apelando para a descrição de um homem que tivesse alma de mulher. Epa! Aí já não seria reafirmar o papel que ainda lutamos tanto para desconstruir?
Depois de tamanha peleja, decidimos depor sobre o que representa para nós ser essa tal criatura que todo mês sangra (vamos combinar, existe clichê mais manjado do que falar da menstruação?!). Enfim, aí estão nossas impressões.
postado por Tess Chamusca | 6:14 PM
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Um dos dias em que fiquei mais puta com essa história de ser mulher em uma sociedade patriarcal foi quando fui chamada de baixinha por um homem totalmente desconhecido. Baixinha? Peraê. Eu moro no Brasil e, medindo 1,74, definitivamente não posso ser chamada de baixinha! Aí a ficha caiu! Era só mais uma das várias maneiras que eles encontram de nos dizer: lembra do seu lugar.
Não vamos negar. Séculos e séculos se passaram, mas ser mulher ainda apresenta alguns impasses. Experimente ir a um bar sozinha ou acompanhada de uma amiga e depois me diga se sua conversa não foi insistentemente interrompida. Imagina. É claro que ir a um lugar como esse sem a companhia de um homem significa que você está à caça de outro.
E assim vai, da simples roda de conversa sobre futebol, na qual você NUNCA será escutada, até as vagas de emprego ou os salários mais altos que deixamos de ganhar por conta de critérios machistas no lugar da avaliação de competências. E, uma das piores sacanagens que têm feito conosco, a escolha entre carreira e filhos.
Contudo, mais do que essa série de entraves, o que me preocupa é o posicionamento das mulheres frente a eles. Depois que nós aprendemos o caminho da rua (Salve Betty Friedan!), resolvemos que o mundo seria nosso (e não duvido que seja), mas volta e meia nos mostramos bastante paradoxais.
Que me perdoe Freud, não tenho inveja alguma do pênis. Sou amiga íntima da minha anatomia! Mas, infelizmente, nem todas as mulheres aprenderam que ter autonomia sobre o corpo não significa sair dando indiscriminadamente. E haja bitch pra cá, cachorra pra lá. Vai me dizer que só os homens têm culpa no cartório?
Como queremos ter a nossa individualidade respeitada, se muitas de nós ainda valorizam só o homem provedor? É inevitável, quem paga as contas acaba controlando a vida. E assim, se reafirmam as mulheres submissas que não possuem a noção exata do que estão fazendo ao colocarem seus filhos para exibirem os pintos na rua quando eles sentem vontade de fazer xixi.
Tess Chamusca
Dizer que sangramos (e sofremos) todo mês pode ser clichê. Mas talvez qualquer criatura do sexo masculino que enfrentasse, por pelo menos um mês, a tal da menstruação entenderia o porquê da recorrência ao tema.
Pensando na data de hoje, é claro que muitas coisas mudaram para melhor: já está mais fácil tomar nossas cervejinhas em paz, o mercado de trabalho tem nos olhado menos feio ultimamente, e os homens até têm percebido que a vassoura é um objeto unissex.
Ainda assim, convivemos diariamente com desigualdades e desrespeito. Se o assunto é futebol, ainda precisamos gritar para ser ouvidas. Se o ônibus está cheio, por que nos importaríamos com uma roçada de leve? Até porque usamos saia para isso, não é meninas?
As barriguinhas – nem tão inhas – de chope ainda são preocupação exclusivamente nossa. Homem barrigudinho continua sendo charme, enquanto nós acumulamos apelidos nada lisonjeiros, como metralhada, por exemplo.
No volante, as buzinadas são sempre para nós. Fato que tem menos relação com culpa propriamente dita e mais com um prazer inexplicável de buzinar - para uma mulher, claro!
Para piorar, o Higgfly definitivamente não colou e, nessas horas, sou obrigada a concordar com Freud que um pintinho faz falta.
No meio desse caos, fico pensando na real necessidade dessa data e no que significa ser mulher nos dias de hoje. Difícil responder sem cair em inúmeros clichês. Então, vou derramá-los.
Ser mulher é ser Beralice. Criou quatro filhos sozinha, sem nunca ter deixado de arranjar casos e namorados por aí.
Ser mulher é ser Tatiana. Ama loucamente as mulheres, mas não consegue escapar dos olhares tortos da maior parte delas.
Ser mulher é ser Michele, para quem é um grande absurdo uma dama pegar qualquer peso superior a 500 gramas quando há um homem num raio de 3 km.
Ser mulher é ser Greice. Média, pesquisadora, esposa, mãe, militante. Tudo ao mesmo tempo. Agora!
Ser mulher é ser Érica, para quem três nunca é demais.
Ser mulher é “ser mulheres”.
Pronto. Clichê final.
Patrícia Conceição
Para os curiosos: Ilustra o nosso post o quadro Die Tanzerin, do pintor vienense Gustav Klimt. Porque Klimt? Isso é assunto para outro texto!
postado por Tess Chamusca | 5:22 PM
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Orlando no filme de Sally Potter
Hoje, às 20 horas, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, a intrigante história de Orlando, nobre inglês que, aos trinta anos se torna uma bela mulher, mais uma vez deixa as páginas impressas para ganhar corpo em outra manifestação artística.
Depois de dar origem ao filme homônimo dirigido por Sally Potter, o famoso livro escrito por Virgínia Woolf em 1928 inspira um espetáculo de dança.
"O Carvalho", vencedor do Prêmio Yanka Rudzka - edital de apoio à montagem de espetáculos de dança no estado da Bahia, não segue a risca os acontecimentos vividos por Orlando, mas enfatiza aspectos importantes da narrativa: as relações de gênero (e, por conseqüência, o corpo e a sexualidade), o ser humano e sua ligação com o tempo.
Virgínia Woolf joga com os padrões que nos posicionam como homens e mulheres. Desde o início, Orlando é um personagem ambíguo (possui traços andróginos e modos sutis). Ao se tornar mulher, mira-se no espelho sem nenhum sinal de perturbação. Convivem nele, sem maiores problemas, o masculino e o feminino.
O espetáculo expressa tal transitoriedade mesclando comportamentos atribuídos aos dois sexos nos dançarinos. Seus corpos representam uma identificação de gênero inacabada e não-fixa.
Além de descobrir a sensação das anáguas nas pernas, lidar com o assédio masculino e com a gravidez, Orlando tem a fantástica capacidade de atravessar os séculos (sua vida se passa entre o período quinhentista e 1928). Indo e vindo com toda liberdade, ele acaba por relativizar a noção de tempo. Fica a curiosidade: será que o espetáculo consegue exprimir uma "existência" tão complexa? Tem que ver para saber!
"O Carvalho" é interpretado pelos integrantes da Mantra Cia de Dança e tem direção de Fátima Suarez. Fundadora da Escola Contemporânea de Ballet, a coreógrafa atualmente dirige espetáculos nessa instituição e coordena o Mantra Centro de Dança e Arte Contemporânea.
Quando: 26 de fevereiro a 13 de março (terças, quartas e quintas).
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves.
Horário: 20 horas.
Ingressos (inteira): R$ 16.
Para os curiosos: Yanka Rudzka foi a primeira diretora da Escola de Dança da UFBA. De origem polonesa, ela trouxe para a Bahia os fundamentos da dança expressionista alemã.
postado por Tess Chamusca | 3:19 PM
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Estamos trabalhando para melhor atende-los! Pessoas, sei que fui negligente... Devia ter postado uma mensagem de boas festas com um aviso de que o blog estava de folga. Férias longas, eu sei! Mas em fevereiro (depois do carnaval, lógico) as coisas voltam a acontecer no Gritos e Sussurros!
Patrícia Conceição, amiga e colega de trabalho que fazia o programa Gritos e Sussurros na Rádio Facom (da Faculdade de Comunicação da UFBA) junto comigo, também vai escrever por aqui!
Então, aguardem muito mais conteúdo!
Abraços e Beijos a todos!
postado por Tess Chamusca | 2:56 PM
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Há alguns meses me dei conta de que, mesmo tendo visto diariamente uma vagina de acrílico preenchida com uma camisinha feminina no meu antigo local de trabalho, eu simplesmente nunca tinha me interessado em usar o tal preservativo. Na época, pareceu um absurdo, uma falta de comprometimento, já que a mídia, no período da chegada do novo método contraceptivo no Brasil, vendeu o invento como símbolo da emancipação sexual feminina.
Será que eu era mesmo descompromissada? Perguntei às mulheres do meu ciclo social se elas já tinham passado pela experiência, e não escutei sequer uma resposta afirmativa! A essa altura, além de usar a camisinha, eu também queria entender as razões de sua baixa popularidade. Em Salvador, ela é vendida apenas nas Farmácias Sant’ana. E, ainda assim, na maioria das drogarias pertencentes à rede você encara um “a gente vende, mas não tem”. Só consegui encontrar o produto no shopping Iguatemi e olha só o susto, duas camisinhas custam R$ 13,65!
Desde que foi criado, nos anos 90, o preservativo feminino só é fabricado pela empresa que a desenvolveu, a Female Health Company. E no nosso país, a DKT, distribuidora das camisinhas masculinas Prudence e Affair, é a única que fornece a versão feminina do produto (L’amour). Daí a razão dos preços caríssimos, que variam em até 100%.
Não houve sucesso comercial e os esforços acabaram se voltando para um grupo específico, formado por prostitutas, portadoras do HIV e parceiras de maridos machistas que costumam recorrer à rede pública de saúde. Mesmo entre as chamadas mulheres em situação de vulnerabilidade, a camisinha não foi adotada com tanta satisfação. Elas precisam de um método que não seja notado já que, ao perceberem o preservativo, muitos companheiros se recusam a ter relações sexuais.
Em Salvador, a aceitação não tem sido tão grande. De acordo com Sulamita Meneses, gerente do Centro de Orientação e Apoio Sorológico municipal (COAS), apenas cerca de 20% das mulheres continua utilizando o preservativo depois de terem sido orientadas.
O sexólogo carioca Adalberto Barbosa argumenta que há “uma falta lastimável de processos educativos motivadores a plena conscientização das novas gerações sobre a importância em se lançar mão desse tipo de preservativo”.
O fato é que não é possível fazer programas abrangentes de incentivo ao uso junto à população feminina quando não há estrutura para atender a um grupo maior de pessoas. Segundo Meneses, as mulheres que vão até o COAS em busca do preservativo precisam passar por um aconselhamento criterioso (orientação coletiva, transmissão de um vídeo e encontro individual posteriormente) porque os custos são muito elevados e é necessário ter certeza que o recurso preventivo vai mesmo ser utilizado.
“É um negócio feio. Acho até que seja brochante”. O comentário, feito pela administadora Patrícia Kalil, revela que, por mais que a camisinha feminina seja tão efetiva quanto a masculina, questões estéticas também motivam a baixa popularidade do produto entre as mulheres. Não há duvida de que o preservativo masculino é muito mais anatômico. Além de sua colocação ser mais trabalhosa, a versão feminina deixa a impressão de que existe algo permanentemente folgado (afirmo com conhecimento de causa!).
Pensando nisso, a ong Path, situada em Seattle, Estados Unidos, decidiu criar um design diferenciado para o produto.
No entanto, ainda não houve aprovação da FDA, agência americana que regula a comercialização de fármacos e alimentos. Os testes clínicos exigidos pelo controle de qualidade custariam até US$6 milhões à Path, dinheiro que a ong não possui. E, mesmo com a liberação, os custos não diminuiriam, já que a matéria-prima utilizada na nova camisinha é mais cara que o látex empregado nos preservativos masculinos.
postado por Tess Chamusca | 11:51 AM
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Mesmo com tantos avanços já alcançados no controle e tratamento da doença, a AIDS ainda é um desafio para a saúde pública no mundo inteiro. Por conta disso, a revista Cadernos de Saúde Pública, periódico científico editado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, uma das unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lançou o fascículo Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS no século XXI: o desafio e a resposta.
O suplemento reune 12 artigos que discutem a importância da análise de contatos pessoais dos indivíduos na prevenção de DSTs e vários aspectos da epidemia da AIDS, como o impacto do tratamento anti-retroviral, o controle da transmissão da doença e uma avaliação da sobrevivência em casos acompanhados durante quase 20 anos.
Boa Leitura!
postado por Tess Chamusca | 10:38 PM
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postado por Tess Chamusca | 10:18 PM
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Na primeira vez que escutei (quer dizer, li) a palavra “Clamídia”, imaginei ser nome de uma verme ou até mesmo de uma planta bem exótica. Fiquei surpresa ao descobrir que trata-se da doença sexualmente transmissível com maior prevalência no mundo – 90 milhões de casos anuais!
Todos já ouviram falar da gonorréia, certo? Pois bem, as manifestações da infecção causada pela chlamydia trachomatis são semelhantes. As pessoas sentem dor ao urinar e vão muitas vezes ao banheiro. Mas existem algumas diferenças, como o período de cerca de quinze dias para o surgimento dos sintomas - mais brandos e caracterizados principalmente por uma secreção amarela, de tonalidade mais clara.
Nem sempre as DSTs são encaradas com a devida seriedade. Pessoas negligenciam o uso da camisinha simplesmente porque algumas dessas doenças são curadas com antibióticos que nem custam muito caro.
Mas, males como a gonorréia e a clamídia costumam não apresentar sintomas em mulheres. E apesar da maior parte dos homens manifestarem os indícios da infecção, alguns deles são portadores aparentemente saudáveis.
E aí vem o pior. Essas DSTs são uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina (!) e já existem estudos, como o realizado por pesquisadores do Hospital Juan Canalejo, La Coruña (Espanha), que alegam uma relação entre a clamídia e a ausência de fertilidade entre os homens.
A investigação afirma que o sêmen afetado pela bactéria apresenta graus de fragmentação de DNA entre 35% e 45%. Esses níveis são de aproximadamente 15% em indivíduos que não têm a doença.
Gente, por conta de tudo que foi dito acima, a realização de exames diagnósticos de rotina é de extrema importância, principalmente para quem tem uma vida sexual muito ativa! E não esperem o surgimento de sintomas. Estejam atentos:
Homens, encarem o urologista como um médico que deve ser visitado não só na idade propícia à realização do exame de toque retal. E, por favor, deixem o preconceito de lado!
Mulheres, sangramento após o ato sexual ou entre os períodos menstruais já é um motivo para ir ao ginecologista.
Fontes: Instituto de Pesquisa em Oncologia Ginecológica, Folha Online e entrevista do Dr. Luiz Jorge Fagundes, médico dermatologista, responsável pela área de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Faculdade de Saúde Pública da USP, a Drauzio Varella.
postado por Tess Chamusca | 6:27 PM
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